A Justiça de Mato Grosso converteu em preventivas as prisões de seis pessoas envolvidas no violento assalto à agência do Sicredi em Brasnorte, a 571 km de Cuiabá, ocorrido na última quinta-feira (31).
A decisão, tomada durante audiências de custódia realizadas no domingo (3), atendeu ao pedido do Ministério Público do Estado, que destacou o elevado grau de periculosidade social e a complexa estrutura logística do crime.
Segundo o promotor de Justiça Alysson Antonio de Siqueira Godoy, os elementos do caso demonstram claramente a gravidade das ações praticadas.
“Observamos que a dinâmica do crime revelou alto grau de periculosidade social, logística sofisticada, emprego de violência armada, subtração de valores elevados e uso de reféns como escudo. Por isso, a conversão das prisões em preventivas foi necessária”, afirmou.
A decisão judicial teve como base provas de materialidade e indícios suficientes de autoria, apresentados por meio de boletins de ocorrência, relatos de testemunhas, interrogatórios, laudos e documentos que integram o processo.
Os detidos respondem, em concurso de agentes, por roubo majorado, associação criminosa armada e sequestro.
A prisão preventiva foi decretada com base no artigo 312 do Código de Processo Penal, tendo como fundamentos a preservação da ordem pública e a garantia da aplicação da lei penal, diante do risco de reiteração criminosa e da sofisticação das ações empreendidas.
Até o momento, 14 pessoas foram presas em conexão com o crime. Estão entre os detidos desde os executores diretos do assalto até indivíduos que participaram da logística, facilitaram a fuga ou esconderam os valores.
Dois policiais militares também estão entre os investigados, e as investigações apontam ainda a participação de empresários locais.
O caso continua em apuração, com novos desdobramentos esperados nos próximos dias.