O advogado do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, Martin De Luca, afirmou neste domingo (4) que bancos europeus estariam congelando os bens do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após sanções impostas pelo governo norte-americano. A informação foi publicada por De Luca em seu perfil na rede social X (antigo Twitter).

"Surpreso? Não fique. Isso é padrão", escreveu o advogado. Segundo ele, instituições financeiras globais costumam congelar ativos automaticamente após designações de sanções feitas pelo Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC), órgão do Departamento do Tesouro dos EUA.

“Bancos globais, especialmente na Europa, rotineiramente congelam ativos após designações de sanções do OFAC, mesmo sem uma ação da União Europeia”, afirmou. “Arriscar o acesso ao sistema financeiro baseado no dólar estadunidense é suicídio financeiro.”

De Luca afirmou ainda que Moraes está agora enfrentando o mesmo tipo de punição que impôs a outros: “Durante anos, Moraes congelou os bens de vítimas que ele mirava por discursos políticos publicados online, inclusive por usuários dos EUA em solo estadunidense. Agora, está provando do próprio veneno.”

O governo Trump anunciou na semana passada a aplicação de sanções contra Moraes, sob a alegação de "violações sistemáticas de direitos humanos", principalmente relacionadas à repressão de manifestações e censura de conteúdos nas redes sociais. As medidas incluem bloqueio de bens, restrições financeiras e possível proibição de entrada nos EUA.

Até o momento, o STF não se pronunciou oficialmente sobre o congelamento de bens nem sobre as alegações feitas por Martin De Luca.

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