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JUDICIÁRIO Segunda-feira, 04 de Agosto de 2025, 11:41 - A | A

Segunda-feira, 04 de Agosto de 2025, 11h:41 - A | A

CASO É INVESTIGADO

Esposa de servidor do TJ-MT movimentou quase R$ 2 milhões e teve bens bloqueados após morte

Marcia morreu em maio de 2023, mas ainda possuía bens em seu nome

 

Mesmo falecida há mais de um ano, Marcia Ferreira Costa, esposa do servidor do Tribunal de Justiça de Mato Grosso Mauro Ferreira Filho, segue sendo peça-chave nas investigações da Operação Sepulcro Caiado, deflagrada pela Polícia Civil.

 

 Entre outubro de 2021 e setembro de 2022, ela movimentou R$ 1.799.250,00 em sua conta bancária — valor que agora integra o foco da apuração de um esquema que teria causado um prejuízo de R$ 21 milhões ao Judiciário mato-grossense.

 

Marcia morreu em maio de 2023, mas ainda possuía bens em seu nome.

 

 Por isso, o juiz das garantias Moacir Tortato autorizou o sequestro dos bens e a quebra do sigilo telemático de suas contas. A medida foi fundamentada na relevância dos dados financeiros e digitais para o avanço do processo. 

 

“Embora a morte gere a extinção de sua punibilidade, os dados telemáticos vinculados às suas contas permanecem relevantes para a instrução do feito”, registrou o magistrado.

 

De acordo com a decisão judicial, parte expressiva da movimentação financeira de Marcia é ligada à empresa RV Empresa de Cobrança Ltda., da qual recebeu R$ 342.972,42.

 

 A firma é controlada por João Gustavo Ricci Volpato — apontado como líder do esquema criminoso.

 

Marcia também transferiu R$ 10 mil para João Gustavo e repassou R$ 18.075 ao próprio marido, Mauro Ferreira Filho.

 

Essas transações, segundo o juiz, indicam que Marcia atuava como interposta no circuito de lavagem e ocultação de bens. 

 

Mauro, por sua vez, é um dos 11 alvos de mandados de prisão expedidos na operação, mas permanece foragido.

 

A Operação Sepulcro Caiado apura a atuação de um grupo que, ao longo de anos, teria fraudado registros da conta de depósitos judiciais, viabilizando saques indevidos, transferências simuladas e emissão de alvarás judiciais sem respaldo financeiro. 

 

A quadrilha utilizava documentos falsos para dar aparência de legalidade às ações judiciais, forjando procurações, comprovantes de pagamentos e planilhas simulando depósitos judiciais, muitas vezes com o envolvimento de servidores do próprio TJ-MT.

 

Entre os investigados estão Wagner Vasconcelos de Moraes, Melissa França Praeiro Vasconcelos de Moraes, Rodrigo Moreira Marinho, Themis Lessa da Silva, Miguel da Costa Neto, Régis Poderoso de Souza, Denise Alonso, Luiza Rios Ricci Volpato e Augusto Frederico Ricci Volpato.

 

As investigações seguem em curso, com novos desdobramentos esperados nos próximos dias. 

 

Enquanto isso, a Polícia ainda tenta localizar Mauro Ferreira Filho, que permanece em paradeiro desconhecido.

 

 

 

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