A juíza Giovana Pasqual de Mello, da 4ª Vara Cível de Sinop, autorizou a divulgação da lista de credores do Grupo Manso, sediado em Peixoto de Azevedo (691 km de Cuiabá), que enfrenta um processo de recuperação judicial desde dezembro de 2024. O conglomerado do agronegócio acumula uma dívida total de R$ 241 milhões.
Entre os principais credores estão o Banco do Brasil, com R$ 93,2 milhões a receber; a cooperativa de crédito Sicoob, com R$ 13,5 milhões; e a multinacional Syngenta, com R$ 8,3 milhões.
O Grupo Manso é formado pelas empresas Agropecuária Manso Comércio de Insumos e EPP e Manso Administração, Participações e Compra e Venda. Com atuação em Peixoto, Nova Ubiratã e Sorriso, o grupo planta grãos em 9,5 mil hectares, incluindo soja, milho, algodão e feijão.
De acordo com o pedido de recuperação, a crise teve início em 2022, com a queda dos preços das commodities e perdas na produção. “Em outros anos, quando houve quebra de safra, os preços estavam melhores. Desta vez, a conta não fechou”, diz um trecho do documento.
Além das dívidas sujeitas à recuperação judicial, o grupo busca renegociar débitos extraconcursais, como os R$ 20,5 milhões devidos ao BTG Pactual Commodities, por meio de mediação.
A divulgação da lista de credores é um dos passos importantes do processo de reestruturação e abre caminho para a apresentação do plano de recuperação.