O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) arquivou a reclamação disciplinar contra o juiz Wladymir Perri, que havia gerado repercussão nacional ao dar voz de prisão à mãe de um jovem assassinado durante audiência judicial.

A decisão foi tomada pelo ministro Mauro Campbell Marques, corregedor Nacional de Justiça, com base na conclusão do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), que aplicou ao magistrado apenas a pena de censura por má condução dos trabalhos.

O episódio, ocorrido durante a oitiva da mãe no processo que apura o homicídio do filho em 2016, gerou controvérsias. No entanto, conforme o CNJ, a Corregedoria-Geral da Justiça de Mato Grosso já havia iniciado apuração dos fatos, motivo pelo qual o órgão nacional optou por suspender a análise até a conclusão local.

No dia 27 de janeiro deste ano, o Órgão Especial do TJMT decidiu, por maioria, aplicar a censura ao juiz, considerando que ele não abusou de sua autoridade, mas que perdeu o controle da audiência.

O voto que embasou a decisão destacou que o juiz tentou manter a ordem, inclusive instruindo a informante sobre como prestar depoimento de forma adequada, mas ela acabou se exaltando e manifestou desejo de sair da sala.

O ministro Campbell, ao concordar com a análise do TJMT, afirmou que a falha do magistrado foi perder o controle da audiência, sem conduta abusiva evidente. “Tal conclusão, ao menos numa primeira análise, revela-se adequada. Determino o arquivamento do presente expediente”, decidiu.

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