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Coluna Mila Schneider Segunda-feira, 16 de Junho de 2025, 18:33 - A | A

Segunda-feira, 16 de Junho de 2025, 18h:33 - A | A

Espionagem de Elite

Irã de Joelhos: A Operação do Século Conduzida por Israel ((Mossad)

Por Mila Schneider Lavelle

 

Teerã em chamas. Tensão global em alta. Em um ataque militar sem precedentes desde o início da escalada diplomática entre Israel e o Irã, as Forças de Defesa de Israel (IDF) confirmaram na madrugada deste domingo que lançaram uma ofensiva aérea massiva contra 80 alvos estratégicos em território iraniano, incluindo supostos locais de desenvolvimento nuclear. A notícia, divulgada pela CNN World e corroborada por fontes militares israelenses, marca um novo patamar de risco geopolítico na já instável região do Oriente Médio.

O ataque foi realizado durante a noite de sábado para domingo, com mísseis de precisão e drones, e teve como foco infraestruturas críticas em Teerã, entre elas depósitos de petróleo e centros de pesquisa ligados ao programa nuclear iraniano. Uma das imagens mais impactantes mostra uma passarela em chamas na capital iraniana, com civis assistindo, impotentes, às labaredas consumindo um dos alvos atingidos um depósito de petróleo que alimentava parte do setor energético da capital.

Segundo fontes do Ministério da Defesa de Israel, os ataques foram realizados em resposta a ameaças diretas de Teerã contra alvos israelenses e à intensificação do fornecimento de armamento iraniano para milícias jihadistas como o Hezbollah e os Houthis, além de movimentações suspeitas em instalações nucleares não declaradas.

Uma resposta estratégica ou escalada perigosa?

Para analistas internacionais, o ataque é visto como uma tentativa israelense de neutralizar a crescente ameaça nuclear iraniana, especialmente após relatórios da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) apontarem enriquecimento de urânio acima de 60% um limiar técnico que coloca o Irã a poucos passos de alcançar capacidade bélica nuclear.

Apesar da justificativa israelense de autodefesa e contenção, o governo iraniano denunciou o ataque como uma violação flagrante da soberania nacional e prometeu “retaliação severa e imediata”.

Reações globais e temor de guerra regional

A Casa Branca afirmou estar “monitorando de perto” os desdobramentos e apelou por moderação, enquanto a União Europeia convocou uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU. Especialistas temem que essa nova ofensiva leve a uma escalada militar mais ampla entre as potências regionais, envolvendo também Líbano, Síria, Iraque e até aliados ocidentais.

Imagens transmitidas pela Reuters mostram a extensão da destruição em Teerã, com colunas de fumaça negra cobrindo bairros residenciais próximos aos alvos e milhares de civis tentando evacuar a área. Não há, até o momento, confirmação oficial sobre o número de vítimas civis ou militares.

Israel e o direito à autodefesa

O governo de Jerusalém reforça que não irá tolerar ameaças existenciais e continuará a agir com força contra qualquer tentativa de fortalecimento nuclear do Irã. “Estamos exercendo nosso direito à autodefesa contra um regime que jura, repetidamente, varrer Israel do mapa”, declarou um porta-voz das IDF.

Conclusão

O ataque marca um novo e sombrio capítulo na disputa entre Israel e Irã uma batalha que não se dá apenas com tanques e foguetes, mas também com inteligência militar, diplomacia falha e silêncio da comunidade internacional diante do avanço de regimes autoritários com ideologias extremistas.

Em um mundo cada vez mais polarizado, a pergunta que ecoa entre os analistas e chefes de Estado é: estamos prestes a assistir ao início de uma guerra regional total? Ou ainda há tempo para conter esse incêndio antes que ele vire um inferno global?

 

 

Mila Schneider Lavelle é jornalista com formação também em teologia e especialista em Marketing, tendo atuado como Head Manager de grandes projetos internacionais e nacionais. Reconhecida por sua análise crítica e estilo incisivo, é também influenciadora digital, com ênfase em geopolítica e temas internacionais, sobretudo ligados ao Oriente Médio.

mila

 


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