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POLICIAL Terça-feira, 05 de Agosto de 2025, 16:41 - A | A

Terça-feira, 05 de Agosto de 2025, 16h:41 - A | A

DESDE 2021

Campanha de coleta de DNA ajuda a identificar 16 pessoas desaparecidas em Mato Grosso

Iniciativa nacional visa ampliar banco genético e dar respostas a famílias; campanha 2025 segue até 15 de agosto com postos em todo o Estado

Paula Figueiredo

 

A campanha nacional de coleta de DNA de familiares de pessoas desaparecidas, coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, já possibilitou a identificação de 16 pessoas em Mato Grosso desde 2021, a partir do cruzamento de dados genéticos com cadastros de todo o país.

 

A edição de 2025 teve início nesta terça-feira (5 de agosto) e segue até o dia 15 de agosto, mobilizando unidades da Politec e da Polícia Civil em todo o estado. O objetivo é ampliar o banco nacional de perfis genéticos e facilitar a identificação de pessoas desaparecidas, vivas ou falecidas, mesmo anos após o registro.

 

Como funciona a campanha

 

Durante o período, os familiares de pessoas desaparecidas podem comparecer aos postos de coleta para doar material genético de forma gratuita. Em 2024, a Politec de Mato Grosso realizou 98 coletas e conseguiu a identificação de uma vítima no estado. Atualmente, o banco nacional conta com 423 perfis genéticos de familiares mato-grossenses.

 

As amostras coletadas são processadas e comparadas com o material genético de restos mortais não identificados que estão armazenados em institutos médico-legais de todo o país.

 

A coleta é feita de forma simples e indolor, por meio da saliva retirada do interior da bochecha. O procedimento é destinado a familiares de primeiro grau, com preferência para pais, filhos e irmãos da pessoa desaparecida. Também é possível usar objetos pessoais como escova de dentes, óculos ou aparelho ortodôntico para obtenção de amostras genéticas.

 

Coleta continua fora da campanha

Mesmo fora do período da campanha, a coleta de DNA segue sendo feita de forma contínua e gratuita em Mato Grosso. Para isso, é necessário registrar um boletim de ocorrência e comparecer a uma delegacia da Polícia Civil, que fará o encaminhamento à unidade da Politec mais próxima.

Durante a campanha, um posto especial de atendimento está funcionando no Plantão Metropolitano da Politec, no bairro Jardim Universitário (Cuiabá), para facilitar a emissão de boletins de ocorrência, segunda via e orientações.

 

“Força-tarefa” para acelerar exames

A coordenadora de Perícias de Biologia Molecular da Politec, Rosangela Guarienti Ventura, destaca que, durante a campanha, há uma força-tarefa interna para acelerar o acolhimento às famílias e o processamento das amostras.

“Durante a campanha, toda nossa equipe se dedica intensamente para atender, acolher e processar as coletas. Intensificamos os exames, divulgamos os serviços e reforçamos o uso do banco de perfis genéticos, que tem trazido resultados positivos. Estamos confiantes que essa edição trará ainda mais respostas às famílias que esperam por notícias”, afirmou a coordenadora.

 

Resultados nacionais

Em 2024, mais de 1.600 amostras foram coletadas em todo o país, resultando na identificação de 35 pessoas. Quem já doou o material genético em anos anteriores não precisa repetir o procedimento.

 

Como participar

Para participar da campanha, é necessário:

  • Ter um boletim de ocorrência de desaparecimento, registrado em qualquer estado;

  • Apresentar documentos pessoais;

  • Ser familiar de primeiro grau da pessoa desaparecida.

Os endereços dos postos de coleta em Mato Grosso estão disponíveis no site oficial da Politec: www.politec.mt.gov.br

 

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