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POLICIAL Terça-feira, 05 de Agosto de 2025, 14:13 - A | A

Terça-feira, 05 de Agosto de 2025, 14h:13 - A | A

MOTIVO BANAL

Delegado relaciona agressão a estudante em escola de Alto Araguaia a grupo inspirado em facções criminosas

Alunas formam grupo violento com regras e punições inspiradas em facções criminosas; vítimas são agredidas e filmadas

 

O delegado Marcos Paulo Oliveira falou sobre o caso envolvendo a agressão de uma aluna por um grupo de meninas na escola estadual Carlos Hunguey, em Alto Araguaia (MT). Segundo ele, a vítima foi cercada pelas colegas enquanto estava ajoelhada, com o rosto voltado para a parede, e sofreu socos, chutes e golpes com um pedaço de pau, tudo registrado em vídeo que circula nas redes sociais.

 

“Talvez inspirados por essa ‘bandidolatria’ que vem consumindo o nosso país, elas copiaram, de certa forma, o que ocorre dentro das facções criminosas”, afirmou o delegado, referindo-se ao grupo composto por cerca de 20 estudantes, que tinha regras rígidas, uma líder e aplicava punições aos que “desobedeciam”.

 

O delegado ainda disse que algumas integrantes do grupo têm histórico familiar ligado a organizações criminosas. Uma das agressoras, por exemplo, já foi conduzida à delegacia por frequentar companhias de adultos ligados a facções.

 

O delegado destacou também que a internet facilita o acesso a manuais e estatutos dessas facções, o que pode ter influenciado o surgimento dessa violência entre os adolescentes. Além da aluna agredida no vídeo, outras quatro estudantes já haviam sido vítimas do grupo por suposta desobediência às regras internas.

 

Todas as envolvidas foram identificadas e prestaram depoimento à Polícia Civil. Durante as investigações, foram encontrados e apreendidos outros vídeos das agressões nos celulares das adolescentes. Apesar de saberem que estavam sendo filmadas, as agressores mantinham tom de deboche durante as agressões.

 

Em nota, a Secretaria de Educação Estadual (Seduc-MT) afirmou que está apurando o caso com rigor. As equipes gestora e psicossocial da escola, junto à Diretoria Regional de Educação, foram mobilizadas para prestar atendimento à vítima, aos demais envolvidos e às famílias.

 

“O caso já foi registrado junto à autoridade policial competente e, paralelamente, a Seduc está tomando as medidas disciplinares cabíveis, conforme o Regimento Escolar e a legislação vigente, aplicando punições exemplares para evitar que situações assim se repitam”, destacou a nota.

 

A pasta estadual reafirmou o compromisso com um ambiente escolar seguro e acolhedor para todos os alunos.

 

A Polícia Civil apura as responsabilidades das adolescentes por possível prática de lesão corporal e atos infracionais, conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). A direção da escola também pode responder por eventual omissão na segurança dos estudantes.

 

Veja o vídeo do delegado falando sobre o caso

 

 

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