O Ministério Público de Mato Grosso solicitou que a Justiça reconsidere a liberdade concedida a Larissa Karolina Silva Moreira, acusada de adotar gatos para matá-los em seguida. O pedido foi feito por denúncias feitas pelo ex-namorado de Larissa e pelos pais dele, que afirmam estar sofrendo ameaças supostamente ordenadas por ela. Protetoress da causa animal também estariam sendo ameaçados.
De acordo com o promotor Joelson de Campos Maciel, responsável pelo caso, há indícios de que terceiros estariam agindo em nome de Larissa, o que pode configurar obstrução da Justiça ou coação indireta. “Há relatos de que terceiros estariam agindo supostamente em seu nome, o que pode configurar tentativas de obstrução da Justiça ou coação indireta”, afirmou o promotor.
Larissa está em liberdade desde 25 de julho, com uso de tornozeleira eletrônica, mas uma das condições para isso era que ela não se envolvesse em novos crimes. Além disso, segundo o MP, ela não teria comunicado mudanças de endereço conforme exigido pela Justiça.
Para garantir o direito de defesa, o MP pediu que seja realizada uma audiência para que Larissa possa se manifestar sobre as novas denúncias. Também foram solicitadas oitivas das testemunhas e vítimas, além do relatório do monitoramento eletrônico da acusada. Caso as infrações sejam confirmadas, o Ministério Público pede a reavaliação da necessidade da prisão preventiva.
Entenda o caso
Larissa foi presa em 13 de junho após denúncias de protetores de animais sobre assassinato de gatos. Ela foi autuada em flagrante por maus-tratos com resultado em morte. Na audiência de custódia, a prisão em flagrante foi convertida em prisão preventiva, e ela ficou detida na Penitenciária Feminina Ana Maria do Couto.
Durante as investigações, a Polícia Civil encontrou na casa da estudante vestígios de sangue, rações velhas e fezes de gato. Três gatos mortos foram encontrados em um terreno próximo, animais que, segundo os protetores, foram adotados por Larissa.
O ex-namorado dela confessou que adotou quatro gatos para Larissa no início deste ano e que todos foram mortos. Segundo ele, Larissa dizia que matou os animais porque eles a haviam arranhado.
Nas redes sociais, Larissa publicou mensagens ameaçando os protetores de animais que a denunciaram, dizendo: “Vocês vão me pagar bem caro. Me aguardem protetores do inferno” e “Eu venci a batalha e ganharei essa guerra”.
Eduardo Amato 11/08/2025
Aplaudindo o MP!
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