menu
17 de Julho de 2025
facebook instagram whatsapp
lupa
menu
17 de Julho de 2025
facebook instagram whatsapp
lupa
fechar

Coluna Mila Schneider Terça-feira, 17 de Junho de 2025, 14:10 - A | A

Terça-feira, 17 de Junho de 2025, 14h:10 - A | A

Alerta Vermelho no Oriente Médio

IRÃ ATACA ISRAEL: ESCALADA DE CONFLITO REACENDE TEMORES REGIONAIS

Mísseis atingem áreas civis densamente povoadas; analistas veem mudança de estratégia do regime iraniano e risco real de guerra aberta.

 

A tensão no Oriente Médio atingiu um novo ápice nesta semana após uma série de mísseis disparados do Irã atingir áreas civis em Israel e na Cisjordânia. Alvos confirmados incluem a cidade costeira de Bat Yam, próxima a Tel Aviv, e a cidade de Tamra, no norte do país, de população majoritariamente árabe-israelense. O ataque, que ainda está sendo avaliado por autoridades israelenses, representa uma das ações mais diretas do regime iraniano contra território israelense em solo nacional nas últimas décadas.

O mapa divulgado pela CNN mostra a extensão do impacto: além das cidades mencionadas, outras áreas com potencial de risco foram identificadas, incluindo Tel Aviv, Ramat Gan, Rishon Lezion e Sa’ir, na Cisjordânia. A escolha dos alvos não parece ser aleatória: são regiões urbanas densamente povoadas, algumas com significativa diversidade étnica, o que pode indicar uma tentativa de criar divisões internas e ampliar o terror entre a população.

 

O significado político do ataque

 

Esse ataque não deve ser lido apenas como uma ação militar isolada, mas como um movimento calculado do regime iraniano, que busca reposicionar sua influência em uma região onde seus aliados (como o Hezbollah e milícias xiitas no Iraque e Síria) estão cada vez mais envolvidos em confrontos indiretos com Israel.

O Irã, que frequentemente utiliza proxies para seus ataques como o Hezbollah no Líbano ou o Hamas em Gaza optou, desta vez, por uma ação direta, elevando a gravidade do episódio e intensificando o risco de um confronto regional declarado. Analistas militares apontam que esse ataque pode ter sido uma resposta a operações israelenses recentes que atingiram ativos estratégicos iranianos na Síria.

 

Impacto civil e humanitário

 

Segundo informações preliminares, não há confirmação oficial de mortes, mas diversas residências foram danificadas, principalmente em Bat Yam, onde os projéteis atingiram áreas residenciais. Em Tamra, o ataque causou pânico entre os moradores, muitos dos quais têm vínculos tanto com a população árabe israelense quanto com palestinos da Cisjordânia.

A escolha de Tamra, em especial, pode ter o objetivo geopolítico de aumentar tensões entre judeus e árabes israelenses, testando os limites da coexistência dentro do território israelense.

 

Reações internacionais

 

O ataque foi amplamente condenado por líderes ocidentais. Os Estados Unidos, aliados históricos de Israel, declararam “apoio incondicional ao direito israelense de autodefesa” e afirmaram que responderão a qualquer escalada que ameace a estabilidade regional.

A União Europeia pediu “moderação de ambas as partes”, em mais um gesto diplomático que gerou críticas em Israel por sua aparente neutralidade frente a um ataque direto contra civis.

 

E agora?

 

Israel deve responder. A dúvida é como e quando. A tradição militar israelense é de respostas proporcionais, mas assertivas, e o histórico recente mostra que o país não hesita em levar o conflito para além de suas fronteiras quando seus cidadãos são atacados.

O que está em jogo não é apenas a segurança do Estado judeu, mas a estabilidade de todo o Oriente Médio. Este ataque é uma provocação clara e direta, e qualquer resposta poderá desenhar os contornos de uma nova fase no já prolongado conflito entre Irã e Israel.

Enquanto isso, a população civil judeus, árabes, cristãos e drusos permanece vulnerável, vivendo sob a sombra de sirenes, abrigos antibomba e um futuro incerto.

 

 

 

mila

 

Mila Schneider Lavelle é jornalista com formação também em teologia e especialista em Marketing, tendo atuado como Head Manager de grandes projetos internacionais e nacionais. Reconhecida por sua análise crítica e estilo incisivo, é também influenciadora digital, com ênfase em geopolítica e temas internacionais, sobretudo ligados ao Oriente Médio. 

 

 

 
 
 
 
 
 

 

 


Comente esta notícia