Em 1º de junho, Greta Thunberg e o ativista Thiago Ávila embarcaram na flotilha Madleen, com destino a Gaza, em decisão que soa como estratégia de propaganda. A IDF já abordou o barco em 9 de junho, em águas internacionais, deportando os 12 tripulantes inclusive os dois. Alerta de crise: ativismo climático nas mãos do jihadismo. Ela foi aplaudida no Parlamento Europeu, ovacionada por Hollywood e transformada em símbolo de uma geração. O gesto, vendido à imprensa como “ação humanitária”, escancara o que muitos temem dizer em voz alta: o ativismo ambiental virou terreno fértil para narrativas políticas alinhadas ao extremismo.
Nos bastidores da diplomacia, a viagem da jovem sueca à Faixa de Gaza organizada por membros da Freedom Flotilla Coalition e apoiada por ativistas com ligações conhecidas ao Hamas acendeu alertas. A bordo do navio Handala, Thunberg foi detida por forças israelenses em águas internacionais e deportada sem resistência. O navio, que transportava itens simbólicos como leite em pó e fraldas, estava longe de ser uma missão neutra: era uma provocação ensaiada, coreografada com a estética de um clipe e o roteiro de uma peça de propaganda.
Uma nova Greta, no velho teatro do antissionismo
Desde o início do conflito atual em outubro de 2023, Greta tem se mantido firmemente crítica a Israel. O problema não está no posicionamento em si, mas na ausência total de crítica ao Hamas, mesmo após o massacre do dia 7 de outubro quando mais de 1.200 civis israelenses foram assassinados, mulheres estupradas, crianças queimadas vivas e mais de 250 pessoas sequestradas para os túneis de Gaza.
Seus apelos por “cessar-fogo humanitário” foram vazios, impessoais, estrategicamente vagos. Sua famosa foto com o cartaz “Free Palestine” ao lado de uma boneca com kefiah símbolo usado por grupos terroristas foi deletada após críticas, mas não esquecida. Seus posicionamentos se tornaram mais que omissos: se tornaram cúmplices de uma lógica que normaliza o terrorismo sob a máscara da luta social.
Ativismo ou aliada útil?
A Freedom Flotilla Coalition, organizadora da viagem, inclui nomes como Zaher Birawi investigado por laços com o Hamas e a Irmandade Muçulmana. Greta sabia disso? Provavelmente sim. Ignorou? Certamente.
Em Gaza, Greta não viu mulheres cristãs escondidas, gays enforcados, jornalistas perseguidos, nem escolas da UNRWA onde armas do Hamas são armazenadas ao lado de livros infantis. Ela viu apenas o que sua lente ideológica permitia: um “povo oprimido” e um “inimigo opressor” convenientemente resumido ao Estado de Israel.
Esse reducionismo moral, tão típico da militância europeia, ignora décadas de história, ignora o uso sistemático de civis como escudos humanos, ignora o fato de que a liberdade que Greta exige para Gaza não existe em nenhuma teocracia que ela defende silenciosamente.
A velha fórmula do ativismo sequestrado
Não é a primeira vez que uma causa legítima é sequestrada por interesses radicais. Nos anos 60, movimentos pacifistas foram infiltrados por células soviéticas. Nos anos 2000, ONGs pró-direitos humanos serviram de escudo para campanhas anti-Israel. Agora, em 2025, é o ambientalismo de Greta que se dobra à agenda jihadista, disfarçado de gesto pacífico.
A imagem da jovem sueca entrando em Gaza, de colete branco e sorriso suave, lembra o velho truque do “soft power” ideológico: usar rostos angelicais para lavar a reputação de grupos que promovem a morte, o ódio e a intolerância.
O silêncio da esquerda, o eco do perigo
É possível separar ativismo climático de geopolítica radical? Ou Thunberg acabou cruzando a linha de defensora da Terra à aliada simbólica do Hamas?
O que mais espanta não é Greta em tentar chegar em Gaza. É o silêncio cúmplice da esquerda global diante disso. Nenhum dos grandes jornais europeus ousou perguntar o óbvio: o que faz uma jovem ativista ocidental embarcar com simpatizantes do Hamas sem prestar contas a ninguém? Nenhum partido progressista, tão ágil em denunciar microagressões em campus universitários, se posicionou sobre o uso político de uma figura global em prol de uma causa com sangue nas mãos.
Israel, por sua vez, agiu com inteligência: interceptou o navio, manteve o controle diplomático, deportou Greta e seguiu com o foco nos reféns que o mundo insiste em esquecer.
Conclusão
A história julgará Greta Thunberg por seu legado ambiental. Mas a História com H maiúsculo não perdoa alianças imprudentes com a barbárie. Ao entrar em Gaza sem mencionar o Hamas, Greta cruzou uma linha invisível a que separa a causa da manipulação, o ativismo da propaganda, e a compaixão da hipocrisia.
Ela não leva paz , leva propaganda.
E o mundo… aplaude. Não condenou o massacre do 7 de Outubro. Não citou o nome do grupo terrorista que mantém mulheres e crianças em túneis subterrâneos.
Mas seguiu viagem, com colete branco, bandeira da “paz” nas mãos e as câmeras do mundo a seu favor.
Greta Thunberg estava em alto-mar, cercada por ativistas pró-Hamas, tentando furar o bloqueio de Israel com bandeiras e câmeras.
Ajudar quem ? E a mando de quem?
Que fique registrado: o futuro da humanidade não será salvo por quem silencia diante do terrorismo mesmo quando o faz com um cartaz colorido nas mãos.
Mila Schneider Lavelle é jornalista com formação também em teologia e especialista em Marketing, tendo atuado como Head Manager de grandes projetos internacionais e nacionais. Reconhecida por sua análise crítica e estilo incisivo, é também influenciadora digital, com ênfase em geopolítica e temas internacionais, sobretudo ligados ao Oriente Médio.