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SAÚDE Terça-feira, 20 de Maio de 2025, 16:51 - A | A

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MUDANÇA SIGNIFICATIVA

CFM reduz exigências para cirurgia bariátrica e inclui adolescentes nas novas regras

A decisão do CFM foi baseada em estudos recentes que comprovaram a segurança e eficácia da cirurgia bariátrica em perfis mais amplos de pacientes.

Ana Barros

 

O Conselho Federal de Medicina (CFM) publicou nesta terça-feira (20) uma resolução que atualiza os critérios para a realização da cirurgia bariátrica no Brasil. As novas diretrizes reduzem o índice de massa corporal (IMC) mínimo exigido para o procedimento e permitem que adolescentes a partir dos 14 anos também sejam submetidos à cirurgia em casos específicos.

 

Antes, a bariátrica só era recomendada para pacientes com IMC igual ou superior a 35. Agora, pessoas com IMC entre 30 e 35 poderão passar pela cirurgia, desde que apresentem comorbidades associadas à obesidade, como diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares graves, apneia do sono, doença hepática gordurosa, entre outras.

 

Outra mudança significativa é a retirada do limite de idade e do tempo de diagnóstico para doenças como o diabetes tipo 2. Anteriormente, o paciente precisava ter entre 30 e 70 anos e até 10 anos de convivência com a doença.

 

A decisão do CFM foi baseada em estudos recentes que comprovaram a segurança e eficácia da cirurgia bariátrica em perfis mais amplos de pacientes.

 

Adolescentes poderão fazer a cirurgia

Pela nova regra, adolescentes com 14 anos ou mais poderão ser submetidos ao procedimento em situações de obesidade grave (IMC acima de 40), desde que apresentem complicações de saúde decorrentes do quadro. Para os adolescentes entre 16 e 18 anos, os mesmos critérios exigidos para adultos passam a valer.

Segundo o presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), Juliano Canavarros, a mudança é considerada um avanço no tratamento precoce da obesidade.

“Temos resultados positivos que mostram que a cirurgia não compromete o desenvolvimento físico do adolescente. Tratar precocemente evita que essas doenças avancem para a vida adulta”, afirmou Canavarros.

 

Mais opções de cirurgia

A nova norma também reconhece oficialmente outras técnicas cirúrgicas que já vinham sendo utilizadas em casos específicos. Entre elas estão:

  • Duodenal switch com gastrectomia vertical

  • Bypass gástrico com anastomose única

  • Gastrectomia vertical com anastomose duodeno-ileal

  • Gastrectomia vertical com bipartição do trânsito intestinal

Essas técnicas serão indicadas, principalmente, em cirurgias revisionais ou em casos com necessidades clínicas específicas. Para especialistas, a mudança traz mais liberdade para uma abordagem personalizada ao paciente.

“Nem todo paciente responde da mesma forma a uma única técnica. Agora, os profissionais têm respaldo para adotar o melhor método conforme o perfil de cada pessoa”, concluiu o presidente da SBCBM.

Com as novas regras, o CFM espera melhorar o acesso ao tratamento cirúrgico da obesidade e reduzir os impactos de doenças associadas à condição, que afeta milhões de brasileiros.

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