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SAÚDE Domingo, 04 de Maio de 2025, 10:45 - A | A

Domingo, 04 de Maio de 2025, 10h:45 - A | A

PERDA DE VISÃO

Estudo sugere possível ligação entre uso de Ozempic e Mounjaro e perda parcial de visão

 

Um estudo recente publicado no JAMA Ophthalmology trouxe à tona uma possível associação entre os medicamentos Ozempic (semaglutida) e Mounjaro (tirzepatida) e casos de perda parcial da visão.

 

A pesquisa analisou nove pacientes que apresentaram complicações oftálmicas após o uso dessas substâncias, que são indicadas principalmente para o tratamento da diabetes tipo 2, mas amplamente utilizadas de forma “off label” para emagrecimento.

 

Conduzido por oftalmologistas e neurologistas da Universidade de Utah e de outras instituições dos EUA, o estudo destacou que sete dos nove pacientes desenvolveram neuropatia óptica isquêmica anterior não arterítica (NAION), uma condição que pode provocar perda súbita de visão. As idades dos pacientes variavam entre 37 e 77 anos, sendo a média de 57.

 

Também foram identificados casos de papilite bilateral e maculopatia média aguda paracentral (PAMM), que afetam a retina.

 

Um dos relatos mais alarmantes envolveu uma mulher que perdeu a visão do olho esquerdo um dia após a primeira dose de semaglutida. Dois meses após suspender o tratamento, a visão retornou.

 

Outra paciente, de cerca de 30 anos, passou a enxergar sombras no olho direito poucos dias após iniciar o uso de tirzepatida.

 

Os autores sugerem que a rápida correção dos níveis de glicose no sangue pode danificar vasos sanguíneos oculares, levando às complicações visuais.

 

Apesar da gravidade dos casos, o estudo não estabelece uma ligação causal direta, mas reforça a necessidade de mais investigações. Estudos anteriores, como o de Harvard em 2024, já apontavam um risco quatro vezes maior de desenvolver NAION com o uso de Ozempic.

 

Em resposta, a Novo Nordisk, fabricante do Ozempic, afirmou que a NAION é extremamente rara e não está listada como reação adversa nos medicamentos à base de semaglutida. A empresa destacou que o risco absoluto permanece baixo — apenas dois casos a cada 10 mil pacientes por ano.

 

A farmacêutica Eli Lily, responsável pelo Mounjaro, não comentou diretamente os casos, mas reiterou seu compromisso com a segurança dos pacientes e o monitoramento contínuo dos dados clínicos.

 

Os resultados alertam para os possíveis riscos envolvidos no uso dessas medicações, especialmente quando utilizadas fora das indicações originais.

 

Especialistas recomendam que qualquer sintoma visual anormal seja imediatamente relatado a um médico.

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