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SAÚDE Domingo, 18 de Maio de 2025, 14:21 - A | A

Domingo, 18 de Maio de 2025, 14h:21 - A | A

SAIBA COMO EVITAR

Síndrome do domingo à noite: a angústia e a ansiedade que atinge milhões de pessoas

O fenômeno é multifatorial. A mudança brusca entre o clima descontraído do fim de semana e as exigências da rotina semanal pode gerar um sentimento de desconforto e ansiedade.

 

Comum entre trabalhadores, estudantes e até crianças, a chamada “Síndrome do Domingo à Noite” desperta sensações de tristeza, ansiedade e angústia à medida que o fim de semana chega ao fim e a segunda-feira se aproxima. Embora não seja um diagnóstico clínico formal, o termo é amplamente usado por psicólogos para descrever um fenômeno real e recorrente que pode impactar significativamente o bem-estar emocional.

 

De acordo com a psicóloga Tatiane Mosso, a síndrome é caracterizada por um desconforto emocional que surge no domingo à noite e está relacionado à transição entre o descanso e o retorno às responsabilidades da semana. “O domingo à noite pode despertar um sentimento de frustração por não ter aproveitado o fim de semana como gostaria, ou por antecipar as tarefas e pressões que virão”, explica.

 

Ainda segundo Mosso, a síndrome pode estar profundamente ligada a um desequilíbrio entre a vida pessoal e profissional. A insatisfação com a rotina é um dos principais gatilhos para esse tipo de angústia. “Quando o trabalho ou os compromissos da semana não são prazerosos, a ideia de voltar à rotina se torna um peso emocional. Isso pode ser um sinal de que algo precisa mudar”, pontua.

 

Por que a síndrome acontece?

O fenômeno é multifatorial. A mudança brusca entre o clima descontraído do fim de semana e as exigências da rotina semanal pode gerar um sentimento de desconforto e ansiedade. Além disso, a antecipação de prazos, reuniões, provas ou compromissos acumulados contribui para o aumento da tensão emocional. Em alguns casos, o simples fato de perceber que o tempo de lazer está acabando já é suficiente para acionar gatilhos mentais negativos.

 

Outro fator relevante é a sensação de perda de controle sobre a própria agenda. Pessoas que se sentem sobrecarregadas ou que vivem uma rotina rígida e exaustiva tendem a vivenciar essa angústia de maneira mais intensa.

 

Como lidar com o problema?

Especialistas afirmam que a melhor forma de enfrentar a Síndrome do Domingo à Noite é adotando estratégias preventivas e de autocuidado. Uma das principais recomendações é planejar atividades prazerosas para o domingo, especialmente no período da noite. Um jantar especial, uma caminhada relaxante ou um episódio de uma série favorita podem ajudar a suavizar a transição para a nova semana.

 

Outra sugestão é reservar momentos de bem-estar para as segundas-feiras. “Começar a semana com algo que você goste, como uma atividade física, um café com amigos ou até uma pequena recompensa pessoal, pode mudar a forma como você enxerga o início da semana”, indica Mosso.

 

Estabelecer limites claros entre o tempo profissional e o tempo pessoal também é essencial. Evitar trabalhar aos finais de semana – salvo em casos de real necessidade – e organizar melhor os compromissos da semana pode reduzir a sobrecarga mental.

 

Quando buscar ajuda?

Se a angústia se torna recorrente e começa a impactar a qualidade de vida, o ideal é buscar acompanhamento psicológico. A síndrome pode ser o reflexo de uma insatisfação mais profunda com o estilo de vida ou até um sinal de transtornos como ansiedade ou depressão.

 

“O sofrimento emocional aos domingos pode ser um incômodo passageiro, mas também pode ser um alerta para mudanças urgentes na rotina. Ignorar os sinais pode agravar o quadro”, alerta a psicóloga.

 

A Síndrome do Domingo à Noite não é uma fraqueza, mas um chamado para repensar hábitos, objetivos e relações com o trabalho e a rotina. Ouvir esse sinal do corpo e da mente pode ser o primeiro passo para uma vida mais equilibrada e saudável.

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