A Influenza A voltou a se destacar como a principal causa de mortes por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em idosos no Brasil, de acordo com o mais recente boletim InfoGripe, divulgado nesta quinta-feira (16) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
O levantamento, que reúne dados até a semana epidemiológica 19 (de 5 a 11 de maio), alerta para o avanço da doença entre pessoas com mais de 60 anos — cenário que também acende um sinal de alerta em Mato Grosso.
Segundo a Fiocruz, os vírus influenza A (H3N2 e H1N1) estão associados a 60% das mortes por SRAG entre idosos no país em 2025. Ao todo, 83% das vítimas com diagnóstico laboratorial positivo para gripe eram pessoas com mais de 60 anos.
Para especialistas, o dado reforça a importância da vacinação como principal medida preventiva.
Em Mato Grosso, o avanço da gripe entre idosos tem preocupado profissionais da saúde. A baixa cobertura vacinal no estado pode ser um dos fatores que favorecem a vulnerabilidade desse grupo.
Autoridades sanitárias locais têm reforçado campanhas de vacinação e emitido alertas para que pessoas nessa faixa etária busquem a imunização o quanto antes.
O coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, destaca que o aumento das hospitalizações e óbitos por gripe neste ano é superior ao mesmo período de 2023.
Ele ressalta ainda que a vacinação é essencial para reduzir complicações graves, especialmente em idosos, crianças pequenas e pessoas com comorbidades.
Além da gripe, o boletim também aponta que o vírus sincicial respiratório (VSR) ainda predomina entre os casos de SRAG em crianças de até dois anos de idade. Já a covid-19 segue presente, mas com impacto significativamente menor no cenário geral da síndrome.
Em todo o país, a curva de casos de SRAG apresenta tendência de aumento nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste, o que exige atenção redobrada dos serviços de saúde, especialmente nos municípios com maior população idosa.
A Fiocruz recomenda a intensificação das ações de vacinação e vigilância epidemiológica como estratégias fundamentais para conter o avanço da gripe e proteger os grupos mais vulneráveis.