menu
08 de Maio de 2025
facebook instagram whatsapp
lupa
menu
08 de Maio de 2025
facebook instagram whatsapp
lupa
fechar

JUDICIÁRIO Quinta-feira, 08 de Maio de 2025, 15:25 - A | A

Quinta-feira, 08 de Maio de 2025, 15h:25 - A | A

DECISÃO JUDICIAL

STF mantém prisão de lobista acusado de liderar esquema de venda de sentenças em MT

Detido desde novembro de 2024 no âmbito da Operação Sisamnes, ele é investigado por crimes que envolvem corrupção, organização criminosa, violação de sigilo funcional e exploração de prestígio

 

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal consolidou maioria para manter preso o lobista mato-grossense Andreson de Oliveira Gonçalves, apontado como figura central em um suposto esquema de comercialização de decisões judiciais.

 

Detido desde novembro de 2024 no âmbito da Operação Sisamnes, ele é investigado por crimes que envolvem corrupção, organização criminosa, violação de sigilo funcional e exploração de prestígio.

 

O julgamento, iniciado em 2 de maio, segue em ambiente virtual e tem conclusão prevista para o dia 12.

 

Até o momento, os ministros Cristiano Zanin relator do caso , Alexandre de Moraes e Flávio Dino votaram pela continuidade da prisão preventiva. A análise dos votos dos ministros Cármen Lúcia e Luiz Fux ainda está pendente.

 

Em seu voto, Zanin destacou que esta é a terceira vez que avalia a situação cautelar de Gonçalves e reiterou a necessidade da prisão, considerando a gravidade concreta das acusações e a presença de fortes indícios de autoria e materialidade.

 

O ministro também apontou o papel de liderança exercido por Andreson no esquema investigado, o qual envolveria a participação de advogados, servidores públicos e intermediadores no acesso e venda de informações privilegiadas.

 

A transferência do lobista para o presídio federal de Brasília também foi mantida.

 

Segundo o relator, a medida foi adotada como precaução para garantir sua integridade física, conforme solicitado pela Procuradoria-Geral da República.

 

Quanto às queixas da defesa sobre suposta negligência no atendimento médico dentro da unidade prisional, Zanin informou que a direção do presídio já estabeleceu um cronograma de cuidados com a rede privada de saúde, assegurando, assim, as condições mínimas de preservação da saúde e integridade do detido.

 

A prisão de Gonçalves foi determinada após a deflagração da Operação Sisamnes, que veio à tona logo após o assassinato do advogado Roberto Zampieri, em Cuiabá.

 

As investigações apontam Andreson como um dos mentores do esquema criminoso que, segundo os autos, alcançava inclusive instâncias superiores do Judiciário, como o Superior Tribunal de Justiça.

 

Além dele, dois desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso  Sebastião de Moraes Filho e João Ferreira Filho  foram afastados dos cargos e submetidos ao uso de tornozeleiras eletrônicas, também por suspeitas de envolvimento na venda de sentenças.

 

 

 

Click aqui e receba notícias em primeira mão.

 

Comente esta notícia