A crise no transporte público de Cuiabá se agravou após a justiça confiscar 30 ônibus da empresa Caribus nesta terça-feira (18), devido a uma dívida de R$ 30 milhões deixada pela gestão do ex-prefeito Emanuel Pinheiro (MDB).
A informação foi confirmada pelo atual prefeito Abílio Brunini (PL), que afirmou que a administração anterior não cumpriu com os repasses obrigatórios para o setor.
Segundo Abílio, a empresa Caribus havia alertado o Tribunal de Contas sobre o déficit financeiro, o que culminou no confisco dos veículos pela Volvo, após a empresa não conseguir pagar o banco.
A legislação vigente exige que a Prefeitura faça repasses para cobrir custos relacionados às gratuidades e à defasagem tarifária.
A MTU (Associação Mato-Grossense dos Transportadores Urbanos) explicou que a diferença entre a tarifa técnica e o valor pago pelos passageiros é coberta pelo subsídio municipal.
O prefeito Abílio mencionou que a gestão anterior pressionou as empresas a renovarem a frota, mas não efetuou os repasses necessários.
Abílio ainda destacou que está negociando com a Caribus para pagar os valores de 2025 e quitar a dívida acumulada.
Além disso, afirmou que está em conversa com outras empresas de transporte coletivo, que podem ajudar a suprir a falta de veículos, utilizando ônibus mais antigos para não prejudicar os usuários.
A crise gerou grande revolta entre a população, que tem enfrentado dificuldades no transporte público, e a polícia foi acionada para garantir a ordem.
O prefeito ainda garantiu que medidas estão sendo tomadas para minimizar os impactos dessa situação para os usuários do transporte coletivo na capital.Buscar
