O prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini (PL), afirmou nesta segunda-feira (6) que não tem participado das discussões internas do partido sobre o futuro do vereador afastado Chico 2000. Ex-presidente da Câmara de Cuiabá, o parlamentar foi afastado do cargo por 180 dias sob a acusação de receber propina para aprovar um projeto que beneficiaria a empreiteira HB20 Construções, responsável pelas obras da Avenida Contorno Leste, na capital.
“Se houve discussão sobre a questão do Chico 2000, eu não participei, porque realmente não tenho tido muito tempo para me dedicar a essas questões partidárias. Agora, a decisão jurídica ainda está por vir”, declarou o prefeito.
Brunini foi o autor da denúncia que originou a Operação Perfídia, deflagrada pela Polícia Civil na última terça-feira (29). A ação investiga um suposto esquema de corrupção envolvendo vereadores, empresários e servidores. Questionado sobre o andamento das investigações, o prefeito disse não ter detalhes do inquérito. “Sou o denunciante, mas não tive acesso ao que foi apurado”, completou.
Ele também evitou comentar se outros parlamentares estariam envolvidos no suposto esquema, afirmando que esse trabalho cabe à Polícia Civil. Além disso, garantiu que desde que assumiu a Prefeitura de Cuiabá, não foram realizados novos repasses ou ordens de serviço à HB20 Construções. “Não emitimos mais nenhuma ordem de serviço para a HB20, nem para aquelas outras empresas”, afirmou.
Operação Perfídia
A Operação Perfídia foi conduzida pela Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor), com o cumprimento de 27 ordens judiciais, incluindo mandados de busca e apreensão, sequestro de bens e quebra de sigilos. Além de Chico 2000 e do vereador Sargento Joelson, afastados por 180 dias, também são investigados um empresário e dois funcionários da HB20 Construções.
A denúncia que motivou a operação foi feita por Abílio Brunini ainda em seu mandato como deputado federal e segue em investigação.
