O ex-prefeito de Várzea Grande, Kalil Baracat, veio a público nesta semana para apresentar documentos que, segundo ele, supostamente contradizem as declarações feitas pela atual prefeita Flávia Moretti sobre a situação financeira herdada da gestão anterior.
Enquanto Moretti alega ter recebido o município com uma dívida de R$ 144 milhões, Kalil sustenta que os chamados “restos a pagar” reais seriam, na verdade, de apenas R$ 8,3 milhões.
Ainda conforme o ex-prefeito, a atual gestão teria optado por manter empenhos que não foram executados e que, de acordo com ele, poderiam ter sido anulados legalmente. Essa decisão, segundo Kalil, teria criado uma pressão financeira inexistente até então.
Kalil também chama atenção para o que define como uma “gestão desorganizada”. De acordo com dados que ele diz ter obtido junto aos relatórios da própria Prefeitura, a receita municipal caiu 21% nos seis primeiros meses de 2025, enquanto a folha salarial teria subido quase 50%. Além disso, afirma que o número de servidores mais que dobrou em relação à sua administração.
A crítica se estende à situação da cidade. Kalil aponta que Várzea Grande enfrenta hoje ruas tomadas por buracos, acúmulo de lixo e uma saúde pública em estado de precariedade, o que, na visão dele, não condiz com o discurso de que a culpa está exclusivamente na herança administrativa.
"Será que os números apresentados e os discursos feitos condizem com a realidade que a população vê nas ruas todos os dias?", questiona, supostamente, Kalil Baracat. A disputa de versões acirra ainda mais o clima político em Várzea Grande.