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MUNDO Quinta-feira, 08 de Maio de 2025, 13:04 - A | A

Quinta-feira, 08 de Maio de 2025, 13h:04 - A | A

US$ 200 bilhões

Bill Gates anuncia doação de quase toda sua fortuna e critica Elon Musk por cortes na ajuda humanitária

Gates acusou Musk de ser responsável pela morte de crianças pobres, devido aos cortes promovidos no orçamento de ajuda humanitária norte-americano.

Da Redação

 

Nesta quinta-feira (08), o bilionário Bill Gates anunciou que pretende doar quase toda a sua fortuna pessoal nas próximas duas décadas. O cofundador da Microsoft afirmou que cerca de US$ 200 bilhões serão destinados às populações mais pobres do mundo por meio da Fundação Bill & Melinda Gates, em um momento de retração da ajuda internacional por parte de governos.

Em entrevista ao Financial Times, Gates não poupou críticas ao empresário Elon Musk, atual homem mais rico do mundo e peça central no governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Gates acusou Musk de ser responsável pela morte de crianças pobres, devido aos cortes promovidos no orçamento de ajuda humanitária norte-americano.

“A imagem do homem mais rico do mundo matando as crianças mais pobres do mundo não é bonita”, declarou Gates.

A crítica refere-se à atuação do Departamento de Eficiência Governamental, liderado por Musk, que promoveu a desestruturação da Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (Usaid) — responsável por bilhões em financiamentos para campanhas de vacinação, assistência alimentar e outras ações humanitárias.

Fundação será encerrada em 2045

Ao anunciar o plano, Gates revelou que a fundação será fechada em 31 de dezembro de 2045, após destinar cerca de 99% de sua fortuna a causas sociais. Desde a criação em 2000, a organização já investiu US$ 100 bilhões, apoiando projetos como o Gavi, a Aliança Global para Vacinas, e o Fundo Global de Combate à Aids, Tuberculose e Malária.

“As pessoas dirão muitas coisas sobre mim quando eu morrer, mas estou determinado que ‘ele morreu rico’ não será uma delas”, escreveu Gates em seu site oficial.

O filantropo de 69 anos fez questão de ressaltar que, apesar da robustez da fundação — cujo orçamento anual deverá atingir US$ 9 bilhões até 2026 — o progresso em saúde global depende do apoio governamental. Gates elogiou países africanos que remanejaram verbas diante da queda na ajuda internacional, mas advertiu que metas como a erradicação da poliomielite não serão alcançadas sem a participação dos EUA.

Repreensão ao governo Trump e apelo a outros bilionários

Em sua nota, Gates fez uma crítica velada à política externa do governo Trump e ao desinteresse de grandes potências como Reino Unido e França, que também reduziram suas contribuições. O bilionário revelou ter conversado com Trump em diversas ocasiões para defender o investimento contínuo na saúde global.

Por fim, Gates incentivou outros magnatas a fazerem o mesmo:

“Espero que outras pessoas ricas considerem o quanto podem acelerar o progresso para os mais pobres do mundo se aumentarem o ritmo e a escala de suas doações”, concluiu.

A fundação, apesar dos impactos positivos e do reconhecimento internacional, também enfrenta críticas por seu poder de influência em organismos multilaterais, como a Organização Mundial da Saúde (OMS), e pela falta de mecanismos robustos de prestação de contas.

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