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JUDICIÁRIO Quinta-feira, 07 de Agosto de 2025, 11:49 - A | A

Quinta-feira, 07 de Agosto de 2025, 11h:49 - A | A

SE ENTREGOU

Servidor do TJ se entrega após dias foragido por envolvimento em fraude milionária

Acompanhado de seu advogado, ele compareceu à Delegacia Especializada de Estelionato de Cuiabá, onde teve o mandado de prisão preventiva cumprido

 

O servidor do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, Mauro Ferreira Filho, se apresentou à Polícia Civil na manhã desta quinta-feira (7), após permanecer foragido por oito dias.

 

Acompanhado de seu advogado, ele compareceu à Delegacia Especializada de Estelionato de Cuiabá, onde teve o mandado de prisão preventiva cumprido.

 

Mauro é investigado no âmbito da Operação Sepulcro Caiado, que apura um complexo esquema de desvio de recursos públicos a partir de fraudes em processos judiciais.

 

Desde a deflagração da operação, em 30 de julho, Ferreira Filho era o único dos investigados ainda não localizado pelas autoridades.

 

As investigações apontam sua participação em um esquema que movimentou dezenas de milhões de reais, com o envolvimento de advogados, empresários e outros servidores públicos do Poder Judiciário.

 

De acordo com a Polícia Civil, o grupo ajuizava ações de cobrança fictícias e, sem o conhecimento das partes rés, simulava o pagamento das dívidas utilizando comprovantes bancários falsificados.

 

Um servidor do Judiciário que agora é investigado  realizava a migração dos valores da conta única do TJMT para contas vinculadas a processos, o que permitia a liberação de alvarás de forma fraudulenta.

 

A prática teria sido aplicada em ao menos 17 processos entre os anos de 2018 e 2022. Em 2023, uma mudança no sistema de transferência de valores entre processos pelo TJMT teria dificultado a continuidade do esquema.

 

As ordens judiciais expedidas na operação determinaram o bloqueio de R$ 21,7 milhões em bens, a quebra de sigilos bancários e fiscais de dezenas de alvos, além do sequestro de 18 veículos e 48 imóveis nas cidades de Cuiabá, Várzea Grande e Marília (SP).

 

Entre as vítimas identificadas estão empresários e cidadãos que descobriram ações judiciais desconhecidas em seus nomes, com dívidas infladas e falsamente quitadas. Em um dos casos mais graves, os fraudadores utilizaram o nome de uma pessoa interditada judicialmente para obter vantagens ilícitas.

 

Todos os investigados, incluindo Mauro Ferreira Filho, poderão responder por uma série de crimes, como organização criminosa, estelionato, falsificação de documentos, falsidade ideológica, uso de documento falso, peculato, patrocínio infiel e lavagem de dinheiro.

 

Na quarta-feira (6), o Superior Tribunal de Justiça reafirmou a atribuição da Delegacia de Estelionato de Cuiabá para dar prosseguimento às investigações.

 

 

 

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