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JUDICIÁRIO Sexta-feira, 20 de Junho de 2025, 10:07 - A | A

Sexta-feira, 20 de Junho de 2025, 10h:07 - A | A

DENÚNCIA ACEITA

Justiça torna réus quatro policiais envolvidos na farsa que tentou encobrir morte de advogado em Cuiabá

O juiz João Bosco Soares da Silva, da 11ª Vara Criminal da Capital, assinou a decisão no dia 18 de junho, tornando réus os PMs Jorge Rodrigo Martins, Wailson Alessandro Medeiros Ramos, Wekcerlley Benevides de Oliveira e Leandro Cardoso

ALISSON OLIVEIRA

 

A Justiça Militar de Cuiabá decidiu acatar a denúncia apresentada pelo Ministério Público Estadual contra quatro policiais militares, acusados de participarem de um esquema criminoso para simular um confronto e forjar provas relacionadas ao assassinato do advogado Renato Gomes Nery, ocorrido no ano passado.

 

O juiz João Bosco Soares da Silva, da 11ª Vara Criminal da Capital, assinou a decisão no dia 18 de junho, tornando réus os PMs Jorge Rodrigo Martins, Wailson Alessandro Medeiros Ramos, Wekcerlley Benevides de Oliveira e Leandro Cardoso.

 

Segundo o Ministério Público, os agentes teriam encenado um tiroteio no bairro Pedra 90, no dia 12 de julho do ano passado, com o objetivo de “plantar” a pistola Glock G17 usada no homicídio de Renato Nery, ocorrido uma semana antes.

 

De acordo com a denúncia, o grupo será responsabilizado pelos crimes de organização criminosa, falsidade ideológica, porte ilegal de arma de uso restrito e abuso de autoridade, todos agravados pela simulação de violência.

 

A encenação teria resultado na morte de Walteir Lima Cabral e na tentativa de execução de Pedro Elias Santos Silva e Jhuan Maxmiliano de Oliveira Matsuo Soma.

 

A investigação aponta que a morte de Renato Nery foi encomendada, tendo como mandantes o casal de empresários César Jorge Sechi e Julinere Goulart Bastos.

 

O advogado foi alvejado na cabeça no dia 5 de julho, em frente ao seu escritório na Avenida Fernando Corrêa da Costa, não resistindo aos ferimentos e falecendo no dia seguinte.

 

Apesar da gravidade das acusações, o juiz não decretou a prisão preventiva dos policiais, mas determinou que eles sejam monitorados eletronicamente, cumpram recolhimento domiciliar noturno, estejam proibidos de manter contato com testemunhas, além de serem afastados das funções na Polícia Militar e terem seus portes de armas suspensos.

 

A audiência de instrução e julgamento ficou marcada para o dia 12 de agosto, às 14 horas, no plenário da 11ª Vara Criminal de Cuiabá.

 

As investigações ainda revelam que a motivação do crime estaria ligada a um conflito por posse de terras no interior do Estado, aprofundando ainda mais o cenário de violência e corrupção que envolve o caso.

 

 

 

 

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