A Justiça do Amazonas revogou a prisão preventiva do empresário Adeilson Duque Fonseca, conhecido como “Bacana”, responsável pela agressão que resultou na morte do cantor e compositor Paulo Onça. O caso aconteceu durante uma briga de trânsito, em 3 de dezembro de 2024, no bairro Praça 14 de Janeiro, em Manaus.
O músico, considerado um dos mais influentes do estado, permaneceu internado por cinco meses após sofrer um traumatismo craniano. Ele não resistiu aos ferimentos e morreu no dia 26 de maio de 2025 no Hospital e Pronto-Socorro Dr. João Lúcio.
A prisão de Bacana havia sido decretada em 7 de dezembro e ele se entregou três dias depois, ficando detido por mais de seis meses na Unidade Prisional do Puraquequara (UPP). Agora, com a decisão da Justiça, ele será posto em liberdade, mediante o cumprimento de medidas cautelares, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica.
A decisão de colocar o agressor em liberdade menos de um mês após a morte do cantor provocou indignação entre amigos, familiares e artistas, que apontam um sentimento de impunidade diante do caso.
Paulo Onça era um nome de destaque no samba nacional, com músicas gravadas por Zeca Pagodinho, Jorge Aragão e Xande de Pilares. Sua morte deixou uma lacuna no cenário musical amazonense e brasileiro.
“Não é justo. Ele [Paulo Onça] morreu, e o agressor vai pra casa”, desabafou um familiar em redes sociais.
Adeilson Duque deve ser liberado até o final da tarde desta quarta-feira (18), após a chegada do mandado de soltura.