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JUDICIÁRIO Sexta-feira, 11 de Julho de 2025, 13:27 - A | A

Sexta-feira, 11 de Julho de 2025, 13h:27 - A | A

CRUELDADE

MP defende prisão de mulher trans acusada de adotar e matar gatos em Cuiabá

Os corpos dos animais foram encontrados em sacos plásticos, com sinais de violência, descartados em um terreno baldio a poucos metros da casa onde ela vivia, no bairro Porto

ALISSON OLIVEIRA

 

O Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPMT) pediu à Justiça a manutenção da prisão preventiva de Larissa Karolina Silva Moreira, mulher trans de 28 anos, presa desde junho sob a acusação de maus-tratos seguidos de morte de ao menos três gatos que havia adotado em Cuiabá.

 

Os corpos dos animais foram encontrados em sacos plásticos, com sinais de violência, descartados em um terreno baldio a poucos metros da casa onde ela vivia, no bairro Porto.

 

Além dos maus-tratos, as investigações apuram se houve práticas de zoofilia. O caso ganhou grande repercussão, principalmente após a divulgação de um vídeo que mostra Larissa transportando o corpo de um dos gatos em uma sacola.

 

Na manifestação protocolada à Justiça, assinada pelo procurador de Justiça Hélio Fredolino Fauts e pelo promotor Marcelo Caetano Vacchiano, o MP argumenta que a prisão preventiva deve ser mantida para garantir a ordem pública, evitar a reiteração dos crimes e preservar a instrução criminal.

 

Também foi solicitado o ingresso da ONG Tampatinhas como assistente de acusação no processo, por sua atuação direta na denúncia e por ser especializada na defesa dos direitos dos animais.

 

“A conduta imputada à paciente não é isolada, mas inserida em um contexto de reiteração delitiva, conforme descrito nos depoimentos e evidenciado no modus operandi: adoção sucessiva de gatos por meio de plataformas digitais e redes sociais, com posterior sumiço dos animais e fortes indícios de sua morte”, destaca um trecho da manifestação do MP.

 

A ONG Tampatinhas foi a primeira a denunciar Larissa, após a presidente da entidade, Kelly Adriany de Lima Rondon, ter entregue um dos gatos à acusada e, dias depois, descobrir que o animal estava entre os mortos.

 

A entidade também alegou ter recebido diversas denúncias de vizinhos e testemunhas sobre o comportamento violento da mulher com os animais.

 

Larissa foi presa em flagrante no dia 13 de junho e, em audiência de custódia, teve a prisão convertida em preventiva. Na casa onde vivia, a Polícia Civil encontrou vestígios de sangue, fezes de gatos, rações deterioradas e outros indícios que sustentam a acusação.

 

O namorado de Larissa, William Angonese, também prestou depoimento e afirmou ter sido coagido a adotar gatos sob ameaças e acusações de agressão.

 

Os relatos fortaleceram a tese do Ministério Público sobre o padrão de crueldade e periculosidade da acusada.

 

A defesa, feita pela Defensoria Pública, entrou com um habeas corpus pedindo a substituição da prisão preventiva por prisão domiciliar, alegando constrangimento ilegal e ausência de flagrante, mas o pedido foi negado pela Primeira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso.

 

O MP, por sua vez, foi categórico ao rebater os argumentos da defesa, afirmando que não há ilegalidade na decisão judicial e que a prisão se baseia nos critérios previstos no artigo 312 do Código de Processo Penal. Larissa permanece detida na Unidade Prisional Regional Feminina Ana Maria do Couto May, em Cuiabá.

 

 

 

 

 

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ALAN 11/07/2025

Só não entendi qual é o sentido de destacar ser TRANS, qual a relação desta condição com o caso?

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Valério 11/07/2025

Vejo se esta solta ou se houver soltura, haverá grande risco de animais serem vítimas dessa mulher.

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ALAN 11/07/2025

Esse tipo de lixo não adianta prender... Sempre irá continuar agir assim com os que não pode se defender.. já já é com uma criança, um portador de necessidades especiais.. etc O certo é pagar na mesma moeda, mas infelizmente é crime....

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3 comentários