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CIDADES Quinta-feira, 19 de Junho de 2025, 17:58 - A | A

Quinta-feira, 19 de Junho de 2025, 17h:58 - A | A

OUÇA

Justiça recebe áudio com supostos sons de gatos sendo espancados: ONG pede que acusada continue presa

Larissa foi presa em flagrante e teve sua prisão convertida em preventiva após audiência de custódia. Já o companheiro dela foi liberado por colaborar com a investigação.

Ana Barros

 

A ONG Tampatinhas Cuiabá entregou à Justiça de Mato Grosso um áudio que, segundo a organização, registra sons de pauladas e gemidos de gatos sendo brutalmente agredidos. O material teria sido gravado por uma vizinha da mulher trans Larissa Karolina Silva Moreira (nome social), que está presa preventivamente sob a acusação de adotar gatos para matá-los.

 

A gravação, encaminhada ao Tribunal de Justiça como prova de crueldade, faz parte da tentativa da ONG de atuar como assistente de acusação no processo de habeas corpus que tramita no gabinete 1 da Primeira Câmara Criminal. Segundo a presidente da Tampatinhas, Kelly Adriany de Lima Rondon, o conteúdo do áudio comprova a brutalidade dos crimes denunciados.

 

“Neste áudio, é possível ouvir os sons inequívocos do crime em andamento: barulho de pauladas e os gritos desesperados de gatos sendo espancados até a morte. A crueldade não é uma suposição — é um fato documentado”, afirma a ONG no documento oficial entregue ao TJMT.

A denúncia inicial contra Larissa foi feita no último dia 13 de junho, após diversos protetores de animais identificarem um padrão nas adoções feitas por ela: os gatos simplesmente desapareciam, sem qualquer retorno às entidades responsáveis.

 

Segundo a ONG, Larissa adotou diversos felinos — inclusive da própria Tampatinhas — e todos teriam tido o mesmo destino. A entidade alega que o comportamento da acusada revela “profundo desajuste e desprezo pela vida animal”.

 

Além do áudio, a ONG sustenta que a permanência de Larissa na prisão é necessária. “A manutenção da custódia é proporcional à gravidade concreta dos fatos e à periculosidade da agente, sendo a única capaz de cessar a atividade criminosa neste momento”, pontua a entidade.

➤ Pedido de soltura negado

Um pedido de habeas corpus feito pela Defensoria Pública em favor de Larissa já foi negado pelo desembargador Lídio Modesto da Silva Filho. A ONG também solicitou ser incluída como assistente de acusação em outro processo criminal, que tramita na primeira instância, e aguarda a decisão da Justiça sobre ambos os pedidos.

 

 Entenda o caso

Após o desaparecimento de gatos adotados por Larissa e seu companheiro, ONGs e protetores de animais passaram a desconfiar da conduta do casal. Uma equipe da Delegacia Especializada do Meio Ambiente (DEMA) foi acionada e, durante diligência no bairro Porto, localizou corpos de animais mortos em terrenos próximos à residência da acusada.

 

Na casa, os policiais encontraram rações, um filhote de cachorro e um lençol com marcas de sangue — mas nenhum gato vivo. As investigações agora apuram também suspeitas de zoofilia, e um laudo pericial está previsto para ser concluído nos próximos dias.

 

Larissa foi presa em flagrante e teve sua prisão convertida em preventiva após audiência de custódia. Já o companheiro dela foi liberado por colaborar com a investigação.

 

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