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JUDICIÁRIO Terça-feira, 29 de Julho de 2025, 16:21 - A | A

Terça-feira, 29 de Julho de 2025, 16h:21 - A | A

JULGAMENTO MARCADO

CNJ leva a julgamento juiz acusado de corrupção e desembargador envolvido em venda de sentenças em MT

Casella responde a cinco Processos Administrativos Disciplinares (PADs), quatro dos quais apuram sua participação oculta em sociedades empresariais, o que viola a Lei Orgânica da Magistratura (Loman) e o Código de Ética da Magistratura Nacional

ALISSON OLIVEIRA

 

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) marcou para o próximo dia 5 de agosto, às 10h, a análise de processos disciplinares envolvendo dois magistrados de Mato Grosso.

 

Por determinação do presidente do CNJ, ministro Luís Roberto Barroso, serão julgados o juiz federal Raphael Casella de Almeida Carvalho, afastado do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), e o desembargador João Ferreira Filho, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), também afastado.

 

Casella responde a cinco Processos Administrativos Disciplinares (PADs), quatro dos quais apuram sua participação oculta em sociedades empresariais, o que viola a Lei Orgânica da Magistratura (Loman) e o Código de Ética da Magistratura Nacional.

 

O quinto processo trata de uma grave acusação do Ministério Público Federal (MPF): o juiz teria recebido vantagens indevidas para beneficiar um traficante entre 2013 e 2014.

 

As investigações apontaram que Casella acumulou patrimônio incompatível com sua função pública, incluindo propriedades rurais, empresas e um hotel, parte desse patrimônio ocultado por meio de terceiros. Há ainda suspeitas de lavagem de dinheiro, movimentações financeiras atípicas, sonegação fiscal e improbidade administrativa.

 

O magistrado está afastado de suas funções desde 7 de dezembro de 2022. Todos os procedimentos no CNJ estão sob relatoria do conselheiro João Paulo Schoucair.

 

Já o desembargador João Ferreira Filho será julgado em razão de uma Reclamação Disciplinar que corre sob sigilo. O CNJ irá decidir se instaura ou não um PAD contra ele.

 

João Ferreira foi afastado pelo próprio Conselho no dia 1º de agosto de 2024 e voltou a ser afastado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em novembro do mesmo ano.

 

Ele é investigado por suposta participação em um esquema de venda de sentenças, revelado durante as apurações do assassinato do advogado Roberto Zampieri, ocorrido em dezembro de 2023 em Cuiabá.

 

O caso levou à deflagração da Operação Sisamnes pela Polícia Federal. O desembargador Sebastião de Moraes Filho também foi afastado sob as mesmas suspeitas. Ambos seguem monitorados por tornozeleira eletrônica.

 

 

 

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