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JUDICIÁRIO Terça-feira, 29 de Julho de 2025, 10:31 - A | A

Terça-feira, 29 de Julho de 2025, 10h:31 - A | A

PAGAMENTO MILIONÁRIO

MPF aponta fraude milionária na Unimed Cuiabá com empresa de fachada e 26 crimes de estelionato

Os recursos teriam sido transferidos por meio de 26 parcelas mensais entre janeiro de 2020 e fevereiro de 2023, apesar da inexistência de qualquer comprovação de serviço prestado

ALISSON OLIVEIRA

 

Uma suposta fraude envolvendo a Unimed Cuiabá durante a gestão do ex-presidente Rubens de Oliveira Júnior está sendo investigada pelo Ministério Público Federal (MPF), que aponta o pagamento de R$ 2,7 milhões à empresa Alyander Bielik Rubio Ltda., identificada como uma firma de fachada.

 

Os recursos teriam sido transferidos por meio de 26 parcelas mensais entre janeiro de 2020 e fevereiro de 2023, apesar da inexistência de qualquer comprovação de serviço prestado.

 

De acordo com o MPF, o contrato firmado previa serviços de limpeza diversos, como manutenção de piscinas, fornos e máquinas industriais.

 

No entanto, a investigação concluiu que não há indícios de que a empresa tenha de fato atuado, sendo corroborada por uma ata notarial e por depoimentos como o do ex-coordenador do setor de suprimentos da Unimed, que afirmou jamais ter visto qualquer funcionário da empresa ou serviço realizado por ela.

 

O contrato foi assinado em 1º de janeiro de 2019 por Rubens Júnior, a então diretora administrativa Suzana dos Santos Palma, a superintendente Ana Paula Parizzoto e teve aval jurídico de Jaqueline Larrea.

 

Um dos agravantes destacados na denúncia é o fato de que os mesmos serviços já eram executados por outra empresa, a Organização Morena, contratada anteriormente pela Unimed.

 

Além da ausência de fiscalização sobre a execução dos serviços, o MPF também identificou indícios de adulteração documental.

 

Um comunicado de rescisão contratual foi supostamente produzido em março de 2023, mas teve a data retroativa para fevereiro daquele ano, com o objetivo de encobrir a prática irregular, mesmo quando os signatários já não tinham mais poder de representação.

 

A denúncia sustenta que Rubens, Suzana, Jaqueline, Eroaldo e Ana Paula, junto do suposto beneficiário Alyander, praticaram 26 crimes de estelionato, previstos no artigo 171 do Código Penal, em continuidade delitiva.

 

Essas descobertas fazem parte do inquérito que fundamentou a Operação Bilanz, deflagrada pela Polícia Federal em outubro de 2024, e que resultou na prisão de Rubens Júnior, da advogada Jaqueline Larrea, da ex-diretora Suzana Palma, do ex-CEO Eroaldo de Oliveira, da superintendente Ana Paula Parizzoto e da contadora Tatiana Bassan.

 

A investigação foi impulsionada por denúncia da atual diretoria da cooperativa, liderada pelo médico Carlos Bouret, que encomendou uma auditoria independente.

 

O levantamento revelou que o balanço financeiro de 2022 havia sido maquiado: apesar de indicar um superávit de R$ 370 mil, o rombo real chegava a R$ 400 milhões.

 

O caso está sob análise da Justiça Federal e pode resultar em novas denúncias e sanções contra os envolvidos.

 

 

 

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