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Marcelo José da Silva Figueiredo, fotógrafo conhecido em Cuiabá, foi acusado por três mulheres que atuam na área da comunicação em Mato Grosso de ter cometido uma série de abusos físicos, emocionais e psicológicos durante relacionamentos mantidos entre os anos de 2011 e 2024. Os depoimentos apontam para um padrão recorrente de violência. As identidades das vítimas foram preservadas por questões de segurança.
De acordo com os relatos, os relacionamentos começaram com demonstrações intensas de afeto e pouco tempo depois, as atitudes de carinho deram lugar as situações de controle excessivo, insultos, ameaças, humilhações públicas e, em algumas situações, agressões físicas.
Mesmo após o fim dos vínculos afetivos, o ciclo de violência teria continuado. As vítimas afirmam que passaram a ser perseguidas, sofreram chantagens emocionais e tiveram sua privacidade invadida. Uma delas relatou ter sido espancada em plena via pública ao tentar encerrar o relacionamento. Outra contou que foi levada sob ameaça a um terreno baldio, onde foi intimidada com promessas de morte e teve objetos pessoais tomados.
Há também registros de situações em que os filhos das mulheres foram expostos ao medo e ao constrangimento. As vítimas explicaram que tiveram dificuldades para formalizar as denúncias devido ao receio de represálias, julgamentos e exposição.
Uma das mulheres gravou um áudio enviado ao jornal Folha do Estado, no qual detalha os abusos que sofreu. Ela revelou que chegou a reatar o relacionamento por se sentir emocionalmente fragilizada. “Ele é um agressor em série”, declarou. Em outro trecho, relatou ter sido agredida com uma lata de cerveja na cabeça, dentro de um estabelecimento. Também contou ter sido alvo de constantes perseguições, inclusive no estacionamento do seu trabalho, e mencionou ameaças frequentes. A vítima, revoltada, disse que precisou aprender técnicas de defesa pessoal para tentar se proteger, enquanto o agressor “segue trabalhando normalmente”.
As mulheres afirmaram que romper o silêncio foi um processo difícil, mas necessário. Esperam que a Justiça leve os relatos a sério e que mais vítimas se sintam encorajadas a buscar ajuda. “Eu não quero vingança, eu quero que ele seja colocado na caixinha de agressor que ele é”, disse uma das denunciantes.