Cuiabá, Dom Bosco, Luverdense, Primavera e outras doze agremiações esportivas encaminharam nesta quinta-feira (13) um ofício à Câmara Brasileira de Mediação e Arbitragem (CBMA) reivindicando a continuidade imediata do processo eleitoral da Federação Mato-Grossense de Futebol (FMF).
A eleição foi paralisada por decisão judicial após o Camponovense acionar a Justiça Comum, fato que, segundo os clubes, viola o estatuto da federação e entra em desacordo com a jurisdição arbitral prevista.
Os dirigentes esportivos destacam que a ação judicial foi posteriormente retirada, não havendo mais justificativas legais para que o processo continue suspenso.
Além disso, a intervenção da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que nomeou Luciano Hocsman como interventor, estaria gerando um cenário de instabilidade institucional.
O temor dos clubes é de que etapas já cumpridas da eleição, realizadas de forma legítima e sem impugnações, sejam anuladas.
No documento enviado à CBMA, assinado por representantes de 16 clubes, os dirigentes alegam que a repetição do processo colocaria em risco a credibilidade da entidade arbitral.
“Reiniciar todo o processo seria anular os atos legítimos já praticados, colocando em xeque a segurança jurídica e o prestígio da CBMA”, afirmam.
Os clubes reforçam que a arbitragem já havia validado o andamento do processo, tanto por decisão da comissão eleitoral quanto por meio do árbitro de emergência. Segundo eles, ignorar esses marcos seria desrespeitar um processo considerado transparente e democrático.
“A CBMA é reconhecida por sua atuação técnica e imparcial. Retroceder agora seria comprometer sua própria reputação no meio esportivo”, alertam.
A manifestação ocorre em meio à disputa pelo comando da FMF entre os dirigentes Aron Dresch e Dorileo Leal, em um cenário que vem gerando apreensão entre os filiados e ameaça comprometer a estabilidade do futebol mato-grossense.
O grupo cobra a publicação urgente do edital de convocação do colégio eleitoral, exigindo que o pleito prossiga de onde parou.
Os clubes signatários reiteram o desejo por um desfecho rápido e legal: “Queremos uma eleição justa, que respeite os trâmites já realizados e permita que os filiados exerçam seu direito de voto com clareza e segurança”