A Procuradoria-Geral da República (PGR) acusou formalmente o ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Gustavo Torres, de apresentar uma passagem aérea falsa para justificar sua ausência no dia 8 de janeiro de 2023, quando ocorreu a invasão das sedes dos Três Poderes em Brasília.
De acordo com o parecer entregue nesta segunda-feira (14) ao Supremo Tribunal Federal (STF), o bilhete apresentado por Torres, com o localizador “MYIDST”, não corresponde aos seus dados, tampouco há registros do voo Brasília/Orlando (G3-9460) em seu nome. Para a PGR, a falsificação representou uma tentativa deliberada de escapar de responsabilidade pelos atos golpistas.
A defesa de Anderson Torres alega que a viagem aos Estados Unidos foi programada desde julho de 2022 e a passagem adquirida em novembro daquele ano. Segundo os advogados, Torres assumiu o cargo no dia 2 de janeiro, atuou até o dia 6 e tirou férias oficialmente a partir do dia 9, com o então secretário interino Fernando Oliveira assumindo a função antes dos episódios violentos.
Ainda conforme a defesa, um Plano de Ações Integradas (PAI) havia sido elaborado e, se seguido corretamente, teria evitado as invasões.
No entanto, a PGR sustenta que alertas sobre riscos iminentes circularam dias antes dos atos, incluindo um relatório da Força Nacional entregue em 6 de janeiro à Secretaria de Segurança, que mencionava risco de ações violentas e aumento no número de ônibus com manifestantes. Mesmo assim, o efetivo policial disponível foi considerado insuficiente e a resposta às invasões demorou quase duas horas. Parte dos comandantes da Polícia Militar também estava de férias no dia.
Para a Procuradoria, Anderson Torres adotou uma postura sistemática de omissões favoráveis aos organizadores dos ataques e não foi apenas vítima de uma coincidência de datas, como sustenta a defesa. O Ministério Público rejeitou o argumento de que ele estaria no “lugar errado, na hora errada” e apontou evidências de sua atuação benéfica aos golpistas.
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Benedito da costa 15/07/2025
Contra fatos não há argumentos. O que a PGE vem fazendo juntamente com o STF a qualquer custo fabricar os responsáveis pela baderna de 8 de janeiro em crime de golpe de estado sem materialidade. Baseando-se tão somente em depoimento ainda mais em regime de delação pemiada
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