Integrante do grupo de extermínio conhecido como “Mercenários”, o policial militar Uelinton Lopes Rodrigues foi condenado pelo Tribunal do Júri a 46 anos de prisão por homicídio qualificado de três pessoas em 2016.
O Ministério Público argumentou que as vítimas foram assassinadas por motivo torpe, com recurso que dificultou a defesa das mesmas.
O duplo homicídio de Edésio Pedro do Nascimento Fonseca e Jhonne Muller Paranhos de Almeida ocorreu no dia 11 de fevereiro de 2016, em Cuiabá, quando pilotavam uma moto na Avenida Rubens de Mendonça.
Edésio, que estava na garupa, foi alvejado com sete tiros e morreu no local, enquanto Jhonne, que conduzia a moto, foi atingido por três projéteis.
A motivação para os assassinatos teria sido uma rixa relacionada ao tráfico de drogas.
No dia 29 de fevereiro de 2016, apenas 18 dias após o primeiro crime, Uelinton e outros comparsas executaram Alzira do Nascimento Fonseca com oito tiros no bairro da Manga, em Várzea Grande.
Alzira era apontada nos autos como traficante de drogas na região.
Segundo o processo, o grupo buscava realizar uma "faxina" na cidade, eliminando pessoas com antecedentes criminais ou qualquer um que se envolvesse com tais atividades.
O Ministério Público descreveu a organização como uma grande facção criminosa, cujo objetivo era assassinar pessoas com registros policiais, caracterizando ações de grupos de extermínio e atuando mediante pagamento de recompensas.
