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JUDICIÁRIO Sábado, 10 de Maio de 2025, 15:34 - A | A

Sábado, 10 de Maio de 2025, 15h:34 - A | A

CORRUPÇÃO NO STJ

PF revela esquema de sentenças mais complexo do que o previsto e pede mais 60 dias de investigação

 

Por Redação 

 

A Polícia Federal solicitou ao ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), a ampliação por mais 60 dias das investigações que desvendam um elaborado esquema de venda de sentenças judiciais envolvendo figuras influentes do meio jurídico.

 

O pedido decorre da descoberta de indícios que apontam para uma rede de corrupção mais intrincada do que o inicialmente imaginado, afetando até gabinetes de ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

 

O epicentro das apurações está na atuação de lobistas e ex-servidores ligados ao STJ, com destaque para Andreson de Oliveira Gonçalves, empresário e lobista que se tornou o principal alvo da operação.

 

Preso na penitenciária federal de Brasília, Andreson é acusado de comandar um sistema que envolvia o repasse de informações privilegiadas e a manipulação de decisões judiciais. A sua esposa, a advogada Mirian Ribeiro Rodrigues, também está envolvida, cumprindo prisão domiciliar.

 

As investigações apontam para conexões entre Andreson e integrantes de quatro gabinetes do STJ, incluindo os ministros Isabel Gallotti, Og Fernandes, Nancy Andrighi e Paulo Moura Ribeiro, o que causou desconforto nos bastidores da Corte.

 

Um dos elementos que chama a atenção é a movimentação de mais de R$ 2,6 milhões entre 2019 e 2023 para o motorista João Batista Silva, beneficiário do auxílio emergencial, por meio de uma empresa ligada ao lobista.

 

O avanço das análises financeiras e cruzamento de dados bancários revelou operações suspeitas que indicam lavagem de dinheiro e uso de contas de terceiros para ocultar os fluxos ilícitos.

 

Com base nessas descobertas, a PF acredita que o escândalo ultrapassa os limites inicialmente traçados e justifica a prorrogação do inquérito e das medidas cautelares.

 

Enquanto isso, no plenário virtual do STF, três ministros já votaram pela manutenção da prisão preventiva de Andreson. Zanin, Moraes e Dino apontaram seu papel central na suposta rede de tráfico de influência e decisões judiciais compradas. Zanin destacou, em seu voto, que há fortes evidências de que o lobista exercia influência direta no núcleo da operação criminosa.

 

O caso segue sob sigilo no STF e continua a revelar um enredo de corrupção institucionalizada no coração de um dos mais altos tribunais do país.

 

 

 

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