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POLICIAL Sábado, 10 de Maio de 2025, 14:56 - A | A

Sábado, 10 de Maio de 2025, 14h:56 - A | A

CASO É INVESTIGADO

Esquema com poços artesianos eram pagos duas vezes

 

Por Redação 

 

 Um sofisticado esquema de corrupção envolvendo contratos de perfuração de poços artesianos foi revelado pelo Governo do Estado do Mato Grosso, gerando um prejuízo estimado em R$ 22 milhões aos cofres públicos.

 

As investigações apontam que as irregularidades iam além do já comum superfaturamento: as mesmas obras eram pagas mais de uma vez, configurando uma prática recorrente de duplicidade de pagamento que multiplicou os danos ao erário.

 

A operação que expôs o caso, batizada de Poço Sem Fundo, foi executada pela Delegacia de Combate à Corrupção (Deccor) da Polícia Civil na manhã de quinta-feira (08), após auditorias minuciosas realizadas pela Controladoria Geral do Estado (CGE-MT).

 

As fraudes ocorreram entre 2020 e 2023, período em que a Companhia Mato-grossense de Mineração (Metamat) firmou 13 contratos com empresas para obras em comunidades rurais, totalizando mais de R$ 47 milhões.

 

A CGE revelou que, além dos pagamentos duplicados, houve fragmentação injustificada de etapas da obra, ausência de documentação formal para contratação e pagamento, além da entrega parcial dos serviços contratados.

 

Em visita a 55 locais de perfuração em novembro de 2024, constatou-se que apenas 20 poços estavam efetivamente em uso, enquanto os demais apresentavam condições inadequadas ou estavam inoperantes.

 

Entre os investigados estão o ex-presidente da Metamat, Juliano Jorge Boraczynski, e os ex-diretores Wagner Ramos (também ex-deputado estadual) e Francisco Holanildo Silva Lima, além de empresários, servidores e ex-funcionários.

 

A Justiça autorizou 226 medidas judiciais, incluindo buscas, apreensões, sequestro de bens e bloqueios bancários que somam o valor do prejuízo.

 

 

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