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JUDICIÁRIO Sexta-feira, 04 de Julho de 2025, 08:16 - A | A

Sexta-feira, 04 de Julho de 2025, 08h:16 - A | A

AGORA TEM "INSANIDADE MENTAL"

MP acusa PM de tentativa de homicídio e rejeita alegação de insanidade mental como manobra

Segundo o órgão, a solicitação é uma estratégia para atrasar o julgamento, que está agendado para ocorrer na próxima terça-feira, dia 8, no Tribunal do Júri da Capital

ALISSON OLIVEIRA

 

O Ministério Público Estadual (MPE) rechaçou o pedido de exame de sanidade mental apresentado pela defesa do policial militar Ricker Maximiano de Moraes, acusado de tentar matar um adolescente de 17 anos em Cuiabá, em 2018.

 

Segundo o órgão, a solicitação é uma estratégia para atrasar o julgamento, que está agendado para ocorrer na próxima terça-feira, dia 8, no Tribunal do Júri da Capital.

 

A Procuradoria considera a petição “claramente protelatória”, destacando que, durante os quase cinco anos de tramitação do processo, não houve qualquer indicação de problemas mentais por parte do acusado, que sempre participou normalmente das etapas judiciais.

 

Laudos médicos recentes, apresentados pela defesa, foram classificados pelo promotor Rodrigo Ribeiro Domingues como genéricos e sem ligação temporal com o crime.

 

O episódio em questão ocorreu em junho de 2018, quando Ricker, após uma discussão com a então namorada, teria reagido de forma agressiva a um grupo de adolescentes que passava pelo local, vindo a disparar contra um dos jovens pelas costas. A vítima sobreviveu, mas ficou com sequelas permanentes.

 

O militar responde por tentativa de homicídio qualificado, com as agravantes de motivo fútil e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima.

 

O caso voltou a atrair atenção pública após a prisão de Ricker no mês passado, sob acusação de feminicídio. Gabrieli Daniel de Souza, sua esposa, foi morta com três tiros na frente dos filhos do casal, de três e cinco anos.

 

Após o crime, o policial fugiu levando as crianças, abandonando o carro e a arma na casa do pai, e só se entregou horas depois à Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), onde foi preso em flagrante.

 

Agora, com novo julgamento à vista e a alegação de distúrbios psiquiátricos lançada pela defesa, o MPE pede ao Judiciário o indeferimento imediato do pedido, ressaltando que não há provas consistentes que justifiquem qualquer dúvida sobre a capacidade mental do réu no momento do crime.

 

O desfecho caberá à 1ª Vara Criminal de Cuiabá, que analisará o requerimento nos próximos dias.

 

 

 

 

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