O Ministério Público de Mato Grosso (MP-MT) se manifestou de forma contrária ao pedido de habeas corpus solicitado pela defesa de Luiz Eduardo de Figueiredo Rocha e Silva, ex-procurador da Assembleia Legislativa, acusado de assassinar com um tiro na cabeça o morador de rua Ney Muller Alves Pereira.
O crime, ocorrido no dia 9 de abril, nas imediações da Universidade Federal de Mato Grosso, bairro Boa Esperança, em Cuiabá, foi capturado por câmeras de segurança, chocando a população.
As imagens revelam o momento em que Luiz Eduardo, dirigindo uma Land Rover preta, chama a vítima e dispara contra ela com uma pistola 9 mm, fugindo em seguida.
O episódio, considerado de extrema gravidade, levou à decretação da prisão preventiva do acusado no dia 11 de abril, após audiência de custódia conduzida pelo juiz João Bosco Soares da Silva.
Em parecer recente, a procuradora Esther Louise Asvolinsque Peixoto, da 15ª Procuradoria de Justiça, ressaltou a natureza hedionda do crime e o fato de que a vítima não teve qualquer chance de se defender.
Ela reforçou a necessidade da manutenção da prisão para preservar a ordem pública, desconsiderando os argumentos da defesa que apontam uma suposta motivação por vandalismo, alegando que Ney Muller teria quebrado o para-brisa do veículo horas antes do homicídio.
O MP também rechaçou a tese de que Luiz Eduardo não foi preso em flagrante, observando que a entrega à polícia ocorreu após o início de diligências para sua localização. O caso segue agora sob a análise da Terceira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, com relatoria do desembargador Gilberto Giraldelli.
Enquanto aguarda a decisão judicial sobre o habeas corpus, Luiz Eduardo permanece custodiado na Penitenciária Major Eldo Sá Corrêa, em Rondonópolis.