Na tarde desta sexta-feira, 27, o cenário político de Sinop foi marcado por um desfecho judicial de grande repercussão. O juiz Walter Tomaz da Costa, da 22ª Zona Eleitoral, decidiu pelo arquivamento de uma ação que buscava a cassação do mandato do prefeito Roberto Dorner (PL) e de seu vice, Paulo Henrique Fernandes (Republicanos).
A decisão, proferida na última terça-feira (24), representa uma derrota significativa para a coligação “Um Novo Rumo para Sinop”, encabeçada por Mirtes da Transterra (Novo), adversária derrotada nas urnas em 2024.
A ação alegava uma série de irregularidades, incluindo abuso de poder político e econômico, compra de votos, uso indevido de instalações públicas durante a campanha e omissão de bens na declaração oficial entregue à Justiça Eleitoral.
Os autores sustentavam que servidores públicos teriam participado da campanha de forma irregular e que haveria indícios de movimentações financeiras não declaradas.
Apesar da gravidade das acusações, o juiz considerou que nenhuma das provas apresentadas se sustentava legalmente.
Os vídeos e gravações que integravam o processo já haviam sido invalidados em uma decisão anterior, por terem sido obtidos de forma ilícita. Além disso, a suposta omissão patrimonial não foi considerada relevante para alterar o equilíbrio do pleito eleitoral.
Na fundamentação da sentença, o magistrado criticou duramente os argumentos da coligação autora, classificando-os como “narrativas estéreis” e “teorias conspiratórias” utilizadas para justificar uma derrota nas urnas que, segundo ele, foi legítima e soberana. Para Walter Tomaz, a tentativa judicial não passou de uma “tábua de salvação” diante da derrota política.
Com a decisão, os mandatos de Dorner e Fernandes permanecem intactos, encerrando um capítulo conturbado da política sinopense.
O processo, que envolveu inclusive ação da Polícia Federal, agora é oficialmente considerado encerrado, sem qualquer penalidade ou restrição aos atuais gestores.