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Coluna Mila Schneider Sexta-feira, 30 de Maio de 2025, 17:43 - A | A

Sexta-feira, 30 de Maio de 2025, 17h:43 - A | A

CRISE HUMANITÁRIA

Gaza Humanitarian Foundation afirma ter distribuído mais de 2 milhões de refeições em quatro dias

Em apenas quatro dias, fundação humanitária entrega mais de 23 mil caixas de alimentos a famílias afetadas pelo conflito; ajuda representa alívio temporário em cenário de fome, insegurança e infraestrutura destruída

Na fronteira entre o Egito e a Faixa de Gaza, um fluxo contínuo de homens exaustos caminha sob o sol escaldante. Equilibrando caixas de papelão sobre a cabeça, carregam o que, para milhares de famílias, representa a única esperança concreta de sobrevivência em meio à crise humanitária que assola a região.

 

Segundo relatório divulgado nesta quinta-feira (30), a Gaza Humanitarian Foundation (GHF) ultrapassou a marca de 2.170.822 refeições distribuídas em apenas quatro dias de operação emergencial. Foram entregues 23.040 caixas de ajuda alimentar, cada uma com capacidade para prover três refeições diárias, por quatro dias, para uma família de cinco pessoas.

 

O centro logístico de Tel Sultan, na fronteira com o Egito, foi fundamental: apenas na quarta-feira, seis caminhões entregaram 5.760 caixas, o equivalente a 332.640 refeições em 24 horas. A operação ocorreu sem incidentes de segurança, o que foi considerado determinante para o sucesso logístico em um cenário marcado por restrições severas e colapso de infraestrutura desde o agravamento do conflito, em outubro de 2023.

 

Entre a poeira, uma multidão carrega os pacotes em silêncio. Muitos demonstram alívio e cansaço. Um homem, ao erguer uma caixa com o logotipo da GHF, parece carregar não só alimentos, mas a responsabilidade de proteger sua família.

 

Crise profunda e persistente

Apesar da conquista logística, especialistas alertam: a crise em Gaza vai além da fome. Hospitais estão colapsados, a água potável é escassa e milhares permanecem desalojados. A reconstrução exigirá esforços contínuos e duradouros.

 

Organizações internacionais pedem com urgência um cessar-fogo definitivo e a abertura de corredores humanitários confiáveis, permitindo o fluxo irrestrito de alimentos, medicamentos e combustível. No entanto, o Hamas tem rejeitado propostas de acordo, o que dificulta qualquer avanço para a paz e o socorro pleno à população.

 

Para quem sobrevive entre os escombros, cada refeição quente significa mais do que nutrição: representa um respiro de dignidade em meio à tragédia imposta por uma guerra que continua a penalizar, sobretudo, os civis palestinos.

 

 

eg

 Mila Schneider Lavelle é jornalista com formação também em teologia e especialista em Marketing, tendo atuado como Head Manager de grandes projetos internacionais e nacionais. Reconhecida por sua análise crítica e estilo incisivo, é também influenciadora digital, com ênfase em geopolítica e temas internacionais, sobretudo ligados ao Oriente Médio


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