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BRASIL Sábado, 31 de Maio de 2025, 11:42 - A | A

Sábado, 31 de Maio de 2025, 11h:42 - A | A

COMANDO C4

PF encontra nomes de Moraes e Zanin em anotações de grupo que executava por encomenda

Caderno com nomes de Alexandre de Moraes e Cristiano Zanin foi encontrado durante a 7ª fase da Operação Sisamnes, que apura venda de sentenças e execuções encomendadas

Ana Barros

 

Durante a sétima fase da Operação Sisamnes, deflagrada na quarta-feira (28), a Polícia Federal encontrou os nomes dos ministros Alexandre de Moraes e Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), anotados em um caderno que pertencia a um grupo de extermínio investigado por execuções encomendadas e venda de sentenças judiciais.

 

O material foi apreendido durante buscas relacionadas ao assassinato do advogado Roberto Zampieri, ocorrido em Cuiabá, e também ao suposto envolvimento de servidores do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT) em um esquema de corrupção.

 

O grupo investigado, identificado como Comando C4, seria composto por civis e militares da ativa e da reserva, e utilizava a sigla para se autodenominar Comando de Caça a Comunistas, Corruptos e Criminosos.

 

As autoridades ainda apuram se os nomes dos ministros estavam em uma lista de monitoramento ou de possíveis alvos. Embora não haja confirmação de planos de execução, a simples menção dos nomes de ministros do STF em documentos de um grupo armado levanta sérios alertas de segurança institucional.

 

Tabela de execuções e arsenal de guerra

Segundo a PF, o grupo mantinha uma tabela de preços para assassinatos, variando conforme a posição social da vítima. Os valores iam de R$ 50 mil a R$ 250 mil, sendo este último reservado para autoridades como ministros do Supremo.

Além disso, o Comando C4 possuía um arsenal bélico pesado, que incluía:

  • 5 fuzis

  • 15 pistolas com silenciador

  • Lança-rojão AT34 de ombro

  • Minas magnéticas

  • Explosivos com detonação remota

  • 2 fuzis com lançadores de dardos (usados para captura de animais)

Parte desse armamento foi apreendida em Minas Gerais, em um dos endereços alvos das buscas da operação.

 

Execução de Zampieri e prisão dos envolvidos

 

A investigação que apura o assassinato do advogado Roberto Zampieri revelou uma complexa teia de execuções por encomenda e corrupção no Judiciário. Nesta semana, a PF cumpriu cinco mandados de prisão contra suspeitos de integrarem o grupo de extermínio:

  • Aníbal Manoel Laurindo – apontado como um dos mandantes do crime

  • Luiz Caçadini – suspeito de ter financiado o assassinato

  • Antonio Gomes da Silva – seria o executor

  • Hedilerson Fialho – agiria como intermediador entre mandantes e atiradores

  • Gilberto Louzada da Silva – ex-sargento do Exército, atuava como consultor de segurança e instrutor de tiro

Outro preso, Etevaldo Luiz, coronel da reserva do Exército, está detido desde janeiro de 2024 e é apontado como um dos executores da morte de Zampieri.

As investigações continuam sob sigilo judicial e envolvem também a apuração de uma rede de venda de sentenças com ramificações nos tribunais superiores.

Com inf CNN

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