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BRASIL Quinta-feira, 29 de Maio de 2025, 17:23 - A | A

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"MC DO CV'

Entre o palco e o crime: os bastidores sombrios dos shows de Poze do Rodo

Antes da fama, Poze teve uma vida marcada pelo envolvimento com o tráfico de drogas ainda na adolescência

 

Com mais de 15 milhões de seguidores nas redes sociais, shows lotados e letras que ecoam a vivência da favela, MC Poze do Rodo se consolidou como uma das vozes mais potentes da nova geração do funk e do trap brasileiro.O artista e empresário nascido no Rio de Janeiro, Marlon Brandon Coelho Couto Silva, carrega no nome artístico o lugar onde cresceu — a comunidade do Rodo — e na arte, os traumas e superações de um passado turbulento.

 

Antes da fama, Poze teve uma vida marcada pelo envolvimento com o tráfico de drogas ainda na adolescência. Em entrevista ao programa Profissão Repórter, da TV Globo, ele contou ter sido baleado, trocado tiros e até preso. “Eu pensei: vou querer ficar nessa vida aqui ou viver uma vida tranquila? Então, eu foquei em viver uma vida tranquila, batalhei e hoje em dia passo isso para a molecada: o crime não leva a lugar nenhum”, afirmou.

 

Poze começou no funk, mas ganhou ainda mais projeção ao misturar o gênero com o trap, subgênero do rap norte-americano. Nasceu aí o trap de cria, uma batida pesada e acelerada que reflete a realidade das comunidades cariocas. Hits como “A Cara do Crime”“Vida Louca” e “Essência de Cria” conquistaram não apenas as favelas, mas também os palcos de grandes festivais como o Rock in Rio, onde se apresentou em 2022 e 2024.

 

A ascensão meteórica veio acompanhada de polêmicas. Em 2019, foi preso durante um baile funk em Mato Grosso sob acusações de tráfico, associação ao tráfico e apologia ao crime. Em 2020, chegou a ser considerado foragido. Mas foi também nesse período que sua carreira deu um salto. Em 2020, lançou seu primeiro álbum de estúdio, “O Sábio”, com participações de nomes como Cabelinho, Orochi e Oruam. 

 

Hoje, além da música, Poze também investe como empresário e se tornou referência para uma geração de jovens periféricos. Mesmo mantendo o estilo ostentação que marca o funk, suas letras frequentemente tocam em temas sensíveis, como a violência policial, o abandono do Estado e os dilemas de quem cresce em meio ao crime.

MC Poze não nega o passado, mas faz dele palco. E, no som da favela, encontrou o caminho para um futuro com microfone no lugar da arma.

Apesar da história bonita contada acima, de acordo com a DRE, os eventos em que MC Poze se apresenta ocorrem exclusivamente em áreas controladas pelo Comando Vermelho. Segundo os investigadores, traficantes armados estariam presentes nessas festas com o objetivo de garantir a “segurança” do cantor e do público.

Além disso, o repertório das apresentações também chamou a atenção da polícia. Conforme descrito no inquérito, as canções do artista “faz clara apologia ao tráfico de drogas e ao uso ilegal de armas de fogo” e “incita confrontos armados entre facções rivais, o que frequentemente resulta em vítimas inocentes”.

A delegacia afirma ainda que os bailes organizados com shows de Poze são utilizados pela organização criminosa como ferramenta para alavancar lucros: “para aumentar seus lucros com a venda de entorpecentes, revertendo os recursos para a aquisição de mais drogas, armas de fogo e outros equipamentos necessários à prática de crimes”.

Em 2021 um show do cantor foi interrompido pela polícia militar do Pará depois de receber denúncias de que o artista estaria fazendo apologia ao crime. conforme vídeo abaixo.

Em 2020, a Polícia Civil investigou vídeos de um show do funkeiro com som de tiros na gravação. As imagens foram registradas em um baile funk, na zona norte do Rio de Janeiro.

Em 2019 o MC ostentou fuzil em um baile

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