A Polícia Civil do Pará prendeu, nesta sexta-feira (30), o homem acusado de assassinar o radialista Luís Augusto Carneiro da Costa, de 46 anos, conhecido como Luisinho Costa. O crime, que causou comoção no estado, aconteceu na última terça-feira (27), enquanto o locutor apresentava seu programa ao vivo na Rádio Comunitária Guarany FM, em Vila do Conde, distrito de Barcarena.
De acordo com o delegado Mhoab Khayan, o suspeito confessou o homicídio durante interrogatório e revelou a motivação: desentendimentos com a vítima sobre a organização de eventos na região. “Ele deu detalhes de toda a ação criminosa e foi autuado em flagrante por homicídio qualificado”, informou o delegado.
O crime foi premeditado. Segundo o delegado Hennison Jacob, da Diretoria de Polícia do Interior, o autor chegou encapuzado ao estúdio, perguntou pelo locutor e disparou três vezes com uma pistola prateada, sem dizer uma palavra. O assassinato foi transmitido ao vivo e ouvido pelos ouvintes da rádio, gerando pânico na cidade.
As investigações contaram com apoio da Superintendência Regional do Baixo Tocantins e das delegacias de Homicídios de Abaetetuba e Vila dos Cabanos. Câmeras de segurança e relatos de testemunhas ajudaram a identificar o suspeito, que usava uma motocicleta sem placa para fugir do local. O veículo foi localizado durante cumprimento de mandado de busca e apreensão, junto ao celular do criminoso.
Luisinho Costa tinha mais de 20 anos de atuação na Guarany FM e era uma figura conhecida na cena cultural de Abaetetuba e Barcarena. Além do trabalho no rádio, era DJ, produtor de eventos, empresário e fundador do tradicional bloco carnavalesco “Me Namora”. Filho do locutor Bené Costa, da aparelhagem Ben Som, Luisinho deixa esposa e uma filha.
A morte do radialista gerou uma série de homenagens nas redes sociais. O bloco Me Namora descreveu Luisinho como “silencioso nos bastidores, mas gigante na entrega”, enquanto a aparelhagem Carabao destacou a longa amizade e parceria construída ao longo dos anos.
A Delegacia de Homicídios de Abaetetuba segue acompanhando o caso, agora com o autor confesso sob custódia e à disposição da Justiça.