A brutal execução do advogado Roberto Zampieri, ocorrida em dezembro de 2023, ganhou um novo desdobramento.
Conforme revelou o depoimento de Antônio Gomes da Silva, acusado de ser o autor dos disparos, a pistola 9mm utilizada no crime foi descartada em uma lixeira localizada numa parada de ônibus em Rondonópolis, a 218 km da capital mato-grossense.
Zampieri foi alvejado com dez tiros dentro do seu carro, estacionado em frente ao escritório de advocacia no bairro Bosque da Saúde, em Cuiabá.
Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que o atirador, usando boné, se aproxima e dispara pelos vidros do lado do passageiro, fugindo logo em seguida. Segundo a investigação, o criminoso aguardou por cerca de uma hora a saída da vítima.
O revólver usado no assassinato, supostamente fornecido por Hedilerson Barbosa, apontado como intermediário na ação, foi descartado em um ponto de ônibus como forma de eliminar provas.
A revelação foi feita após a prisão de Antônio Gomes no município mineiro de Santa Luzia, em 20 de dezembro. Dois dias depois, Hedilerson também foi detido em Belo Horizonte.
As autoridades apuram que o crime teve motivação financeira, ligado a uma disputa por duas propriedades rurais em Paranatinga, avaliadas em aproximadamente R$ 100 milhões.
Aníbal Manoel Laurindo, identificado como o mandante da execução, está preso e responde judicialmente pelo caso.
Antes do homicídio, Antônio teria monitorado o advogado durante 30 dias e até fingiu ser um padre para se aproximar dele.
A Polícia Civil e o Ministério Público continuam apurando os detalhes da trama que envolveu planejamento meticuloso, disfarces e a tentativa de sumir com a arma do crime, agora tida como peça-chave para consolidar as acusações.