O apartamento de alto padrão do empresário Roberto Bigolin, ex-dono do Grupo Bigolin, será leiloado em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, para o pagamento de dívidas que somam mais de R$ 700 mil. Avaliado em quase R$ 2,9 milhões, o imóvel será vendido por decisão judicial após a falência do grupo empresarial em 2021 e a inadimplência acumulada com taxas condominiais, IPTU e outros débitos.
Conforme informações divulgadas pelo portal Campo Grande News, a medida foi determinada pela Justiça após a negativa a um pedido feito pelos advogados do empresário para suspender o processo de execução. A defesa alegava que as dívidas condominiais seriam inexigíveis, devido a supostas irregularidades nas atas das assembleias que aprovaram os valores. Também foi argumentada a condição de vulnerabilidade financeira da família de Bigolin, agravada após a falência do grupo empresarial em 2021. O juiz Cássio Roberto dos Santos, no entanto, indeferiu a solicitação.
De acordo com documentos judiciais, as dívidas acumuladas por Roberto Bigolin totalizam R$ 732.646,95 — valor que inclui R$ 480 mil em taxas condominiais em aberto desde 2019, R$ 205 mil de IPTU atrasado desde 2018 e R$ 47 mil devidos à Unimed Campo Grande, que participa do processo como terceira interessada. O imóvel de luxo, localizado no 11º andar do Edifício Maison Classic, no Bairro Jardim dos Estados, em Campo Grande, está avaliado em R$ 2.885.435,06 e será leiloado nos dias 26 de maio e 2 de junho de 2025.
Com 485,93 m² de área total — sendo 348,42 m² privativos e três vagas de garagem — o imóvel está situado em uma das regiões mais valorizadas da capital sul-mato-grossense, onde vivem médicos, empresários do setor farmacêutico, políticos e grandes produtores rurais. A venda será realizada de forma eletrônica pela leiloeira Conceição Maria Fixer, com possibilidade de parcelamento em até 30 vezes para imóveis acima de R$ 1 milhão.
A falência do Grupo Bigolin foi decretada em 2021, após a empresa, que acumulava dívidas superiores a R$ 100 milhões, não conseguir cumprir o plano de recuperação judicial. Desde então, pelo menos dois leilões de bens já foram realizados, totalizando cerca de R$ 10 milhões — valor ainda insuficiente para cobrir os débitos deixados.
Entre os bens já alienados está a antiga loja principal do grupo, situada na Rua 13 de Maio, no Centro de Campo Grande, hoje ocupada por uma igreja evangélica.
A Unimed, como credora, solicitou à Justiça que eventuais valores remanescentes da venda do apartamento sejam repassados diretamente à cooperativa médica.
Benedito da costa 01/06/2025
Se eles que eram riicos agora tão pobres entre aspas, imagina eu que devo 10 mil e não consigo pagar.
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