O Tribunal de Justiça de Mato Grosso decidiu manter a prisão preventiva do empresário Márcio Júnior Alves do Nascimento, sócio da Imagem Eventos, acusado de aplicar um golpe em mais de mil estudantes universitários no estado.
A decisão foi tomada pelo desembargador Lídio Modesto da Silva Filho, que rejeitou o pedido de reconsideração feito pela defesa do empresário. Segundo o magistrado, não houve apresentação de fatos novos que justificassem a soltura.
Márcio e a sua sócia, Eliza Severino da Silva, foram detidos no âmbito da Operação Ilusion, desencadeada pela Delegacia do Consumidor de Cuiabá.
A investigação aponta que ambos teriam cancelado formaturas já pagas, causando um prejuízo superior a R$ 7 milhões.
A defesa de Márcio alegou que ele não tentou fugir e que se apresentou voluntariamente às autoridades no dia seguinte à decretação da prisão.
Acrescentou ainda que ele entregou o telemóvel e respetiva senha, além de ter mudado para João Pessoa, na Paraíba, por razões profissionais, sem qualquer impedimento legal para tal.
Apesar disso, o desembargador considerou que os argumentos apresentados já haviam sido rebatidos no habeas corpus anteriormente negado, classificando-os como repetição de fundamentos sem relevância nova.
Para o magistrado, os elementos constantes nos autos continuam a justificar a prisão cautelar, tanto para a garantia da ordem pública como para assegurar a correta tramitação da investigação criminal.
Márcio e Eliza permanecem detidos enquanto as apurações prosseguem, com o Ministério Público e a Polícia Civil buscando esclarecer todos os detalhes do suposto esquema que afetou estudantes em todo o estado.