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Coluna Mila Schneider Terça-feira, 27 de Maio de 2025, 16:31 - A | A

Terça-feira, 27 de Maio de 2025, 16h:31 - A | A

ÓDIO ANTISSEMITA

Atentado na América: assassinato de diplomatas israelenses escancara o avanço do antissemitismo

Crime chocante em frente ao Museu Judaico reacende alerta global sobre intolerância e discurso de ódio

Mila Schneider Lavelle

 

Na noite de 21 de maio de 2025, um atentado trágico abalou Washington, capital dos Estados Unidos, e reacendeu o alerta global sobre o avanço do antissemitismo. Dois funcionários da Embaixada de Israel — o diplomata Yaron Lischinsky e a analista cultural Sarah Lynn Milgrim — foram brutalmente assassinados a tiros em frente ao Museu Judaico da Capital, um local dedicado à memória, cultura e coexistência.

 

O ataque não foi aleatório. Testemunhas relataram que o atirador gritou palavras de ordem ligadas à causa palestina antes de abrir fogo. A escolha do local e a frieza da execução indicam uma motivação ideológica clara: um crime antissemita, premeditado e calculado. O suspeito foi detido no local, e as autoridades federais tratam o caso como um possível crime de ódio.

 

Yaron e Sarah formavam um casal querido no corpo diplomático. Ela havia se mudado recentemente para Washington, após anos de trabalho comunitário em Tel Aviv. Ele, há três anos em missão nos EUA, era conhecido por promover o diálogo inter-religioso e iniciativas culturais que uniam judeus, cristãos e muçulmanos. Os dois estavam prestes a noivar. O anel que Yaron pretendia entregar a Sarah, em Jerusalém, na semana seguinte, foi encontrado intacto em seu bolso.

 

Reprodução internet

ATENTADO CONTRA JUDEU

 



 

 

O atentado ocorre em um momento crítico de polarização global, em que o discurso de ódio, muitas vezes disfarçado de ativismo político, ultrapassa os limites do debate legítimo e se transforma em arma. A comunidade judaica americana, historicamente resiliente, volta a se sentir vulnerável. Organizações de direitos humanos alertam: o antissemitismo já não é apenas um eco sombrio do passado europeu — manifesta-se hoje, de forma explícita e violenta, nas grandes cidades do Ocidente.

Líderes mundiais condenaram o ataque. O governo de Israel exigiu reforço imediato na segurança de suas representações diplomáticas no exterior. Nos Estados Unidos, parlamentares pediram uma investigação federal rigorosa e classificaram o episódio como um atentado não apenas contra Israel, mas contra os valores democráticos e a liberdade religiosa.

 

Reprodução internet

SUSPEITO ATENTADO JUDEU

Foto: O suspeito de matar Yaron Lischinsky e Sarah Milgrim foi identificado pelas autoridades dos EUA como Elias Rodriguez, de 30 anos, de Chicago.

 

A morte de Yaron e Sarah não pode ser reduzida a meras estatísticas. Eles simbolizavam o elo entre nações, a ponte entre memórias dolorosas e a esperança de paz. O atentado que os silenciou é mais do que um ato terrorista — é um grito de alerta ao mundo: ignorar o avanço do antissemitismo é permitir que a história se repita.

Que a memória deles inspire coragem. E que a justiça venha, com firmeza e sem demora.

 

 


Mila Schneider Lavelle

 

 

 

 

 

Mila Schneider Lavelle é jornalista com formação também em teologia e especialista em Marketing, tendo atuado como Head Manager de grandes projetos internacionais e nacionais. Reconhecida por sua análise crítica e estilo incisivo, é também influenciadora digital, com ênfase em geopolítica e temas internacionais, sobretudo ligados ao Oriente Médio.

 

 

 

 

 


 

 

 

 

 

 

 

 

 


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