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BRASIL Segunda-feira, 17 de Fevereiro de 2025, 15:05 - A | A

Segunda-feira, 17 de Fevereiro de 2025, 15h:05 - A | A

FLEXIBILIZAR PRISÕES

Relatório de inteligência aponta trégua do PCC e CV em MT e 5 estados

Mensagens supostamente trocadas entre integrantes do PCC e do CV mencionam pacto de não agressão

 

Um relatório da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen) revela uma possível trégua entre o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV). Acordos entre os altos escalões das facções indicam que a trégua já está em vigor em seis estados: Mato Grosso, Acre, Amazonas, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo.

 

Gravações de conversas entre advogados e presos sugerem que as lideranças, como Marco Willians Herbas Camacho (Marcola), do PCC, e Márcio Santos Nepomuceno (Marcinho VP), do CV, articulam ações conjuntas para flexibilizar o regime disciplinar diferenciado (RDD) em presídios federais, que impõe isolamento rigoroso.

 

Mensagens investigadas pelas autoridades reforçam o pacto: uma delas, atribuída ao PCC, decreta que “mortes estão proibidas em todos os estados”, enquanto outra, do CV, afirma que “ataques contra o PCC estão proibidos desde 11 de fevereiro”.

 

A trégua, além de interromper confrontos, revela uma estratégia das facções para ampliar sua influência e tentar interferir nas políticas do sistema prisional federal.

 

Conforme o Estadão, a medida tem como objetivo fortalecer os grupos criminosos para conseguir flexibilizar o tratamento de presos perigosos no sistema penitenciário federal. Distribuídas em diferentes regiões do país, as penitenciárias federais estão em Catanduvas (PR), Campo Grande (MS), Porto Velho (RO), Mossoró (RN) e Brasília (DF). A distribuição faz parte da estratégia de desarticular e dificultar possíveis comunicações entre organizações criminosas.

 

Essas unidades abrigam, por exemplo, Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, apontado como um dos líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC) e Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, apontado como uma das lideranças do Comando Vermelho (CV).

 

Os detentos ficam presos em celas de 6m², sem companhia e com apenas cama, sanitário, pia, chuveiro mesa e assento no ambiente. Visitas, sejam de familiares, amigos ou advogados, são permitidas apenas por parlatório ou videoconferência. Não há tomadas elétricas e a energia do chuveiro e das lâmpadas são ativadas e desativadas em horários determinados.

 

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