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BRASIL Terça-feira, 06 de Maio de 2025, 16:16 - A | A

Terça-feira, 06 de Maio de 2025, 16h:16 - A | A

NESTA TERÇA

Três pessoas são presas por fraude de R$ 11,5 milhões no INSS

As prisões ocorreram em Belo Horizonte, Contagem e Betim, onde a PF também cumpriu oito mandados de busca e apreensão.

 

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta terça-feira (6), a Operação Egrégora, que desmantelou um esquema de fraudes previdenciárias que teria funcionado por quase duas décadas. Três pessoas foram presas preventivamente em Minas Gerais, suspeitas de forjar documentos para obter benefícios do INSS em nome de pessoas fictícias. O prejuízo estimado ultrapassa os R$ 11,5 milhões.

As prisões ocorreram em Belo Horizonte, Contagem e Betim, onde a PF também cumpriu oito mandados de busca e apreensão. Foram recolhidos documentos, equipamentos eletrônicos e outras provas que podem ampliar o alcance da investigação. As identidades dos detidos não foram reveladas.

De acordo com a Polícia Federal, o grupo atuava com a criação de identidades falsas a partir da falsificação de certidões de nascimento, RGs e comprovantes de residência. Com esses documentos, os criminosos conseguiam liberar benefícios assistenciais do INSS, especialmente o Benefício de Prestação Continuada (BPC), que garante um salário mínimo mensal a idosos com mais de 65 anos ou pessoas com deficiência em situação de vulnerabilidade.

O esquema contava com a colaboração de idosos reais, que se passavam pelos beneficiários fictícios criados pelos fraudadores. A PF já identificou ao menos dez idosos que participaram diretamente da fraude, recebendo valores em nome de até 40 identidades falsas.

A operação contou com o apoio da Coordenação-Geral de Inteligência da Previdência Social, ligada ao Ministério da Previdência, que, em nota, confirmou que a maioria dos benefícios fraudulentos identificados era vinculada ao BPC.

Repercussão e contexto

A nova ofensiva contra fraudes previdenciárias ocorre apenas duas semanas após a Operação Sem Desconto, também da PF, que revelou um esquema de descontos ilegais aplicados diretamente nos benefícios de aposentados e pensionistas. Na ocasião, o então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, foi exonerado, e o ministro Carlos Lupi pediu demissão do Ministério da Previdência.

Como resposta ao escândalo anterior, o INSS suspendeu todos os acordos de cooperação com entidades autorizadas a aplicar descontos automáticos em benefícios. A Advocacia-Geral da União (AGU) formou um grupo especial para recuperar os valores desviados e avaliar o impacto das fraudes. Mais de R$ 1 bilhão em bens dos investigados foi bloqueado por decisão judicial.

O Ministério da Previdência afirma que novas medidas estão sendo adotadas para fortalecer os mecanismos de controle e evitar o uso indevido de recursos públicos, que afetam diretamente milhões de beneficiários legítimos da Previdência Social.

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