Durante uma pregação na Assembleia de Deus em Coroatá, no Maranhão, o pastor Douglas Batista, presidente do Conselho de Educação da CGADB, fez uma crítica direta aos cristãos que apoiam partidos cujas propostas confrontam princípios bíblicos. Com tom firme, ele alertou:
“Diz que é crente, mas vota em partido pró-maconha. Isso é totalmente incoerente com a fé que diz professar”.
A declaração do pastor, feita diante de uma plateia de fiéis, rapidamente repercutiu nas redes sociais e em grupos religiosos, reacendendo discussões sobre a postura política dos evangélicos no Brasil.
Batista defendeu que o voto cristão deve refletir os valores do Evangelho e não se guiar por interesses ideológicos ou conveniências momentâneas.
Segundo ele, apoiar propostas como a legalização das drogas ou o aborto é incompatível com a mensagem bíblica. Por isso, exortou os fiéis a conhecerem profundamente os projetos e posicionamentos dos candidatos antes de decidirem o voto.
“Não é só marcar um número na urna, é um ato de fé e responsabilidade espiritual”, destacou.
A fala do líder religioso ocorre num contexto de forte polarização política no país. A comunidade evangélica tem sido majoritariamente identificada com a direita conservadora, especialmente durante os governos de Jair Bolsonaro.
Em contraste, o atual governo do presidente Lula enfrenta resistência por parte de segmentos evangélicos, devido ao apoio a pautas progressistas que envolvem temas morais delicados para as igrejas.
Apesar disso, há grupos minoritários no meio evangélico que defendem o diálogo com o governo federal, buscando conciliar valores cristãos com pautas sociais e de combate à desigualdade.
Ainda assim, líderes como Douglas Batista sustentam que princípios não devem ser relativizados em nome de alianças políticas.