A campanha de arrecadação de fundos para Agam Rinjani, voluntário que ajudou no resgate do corpo da brasileira Juliana Marins, foi oficialmente cancelada no domingo (29).
A decisão foi anunciada pela plataforma Voaa e pelo perfil Razões Para Acreditar, responsáveis pela iniciativa.
A vaquinha, encerrada no sábado (28.jun), havia somado mais de R$ 522 mil em doações. Desse total, cerca de R$ 104 mil seriam destinados ao Instituto responsável pela campanha, referente a uma taxa de 20% prevista desde o início.
No comunicado, os organizadores explicaram que a suspensão ocorreu após ataques virtuais, ameaças e disseminação de informações falsas. Para eles, a polêmica desviou o foco da ação, que pretendia reconhecer a atitude de Agam durante o resgate no vulcão Rinjani.
Agam ficou conhecido por permanecer uma noite ao lado do corpo de Juliana, impedindo que ele escorregasse ainda mais pela encosta. Inicialmente, o voluntário havia recusado ajuda financeira, solicitando apenas orações.
A Voaa informou que todos os valores arrecadados serão devolvidos automaticamente aos doadores a partir desta 2ª.feira (30.jun). Não será necessário nenhum procedimento adicional para reembolso.
Grande parte das críticas se concentrou na taxa administrativa de 20% cobrada pela plataforma. Segundo a Voaa, o percentual já estava previsto e cobre custos como manutenção do site, equipe, verificação dos casos e suporte jurídico.
Mesmo reconhecendo a validade da cobrança, os organizadores admitiram que a comunicação poderia ter sido mais clara. Para eles, a falta de compreensão gerou desinformação e ataques online.
A plataforma reforçou seu compromisso em continuar apoiando causas sociais. A nota divulgada nas redes afirma que a equipe seguirá atuando para transformar vidas, conectando pessoas que desejam ajudar.
Com o cancelamento da vaquinha, Agam não receberá o valor, mas a repercussão trouxe visibilidade para seu trabalho voluntário. Para muitos, a história segue como exemplo de solidariedade além das fronteiras.
NOVAS CRÍTICAS
Após o anúncio do cancelamento, novos questionamentos tomaram conta das redes sociais. Seguidores que antes criticavam a taxa de 20% passaram a contestar a postura da plataforma em encerrar a vaquinha, ao invés de reduzir ou abrir mão da taxa considerada abusiva.
Muitos se disseram indignados nos comentários do Instagram. “Vocês foram atrás dele, ele nem queria. Aí criam expectativa e cancelam porque não aguentam críticas? A taxa podia ser menor, mas escolher não destinar nada em vez de abrir mão de uma parte?", escreveu uma seguidora. "20% de 500 mil são R$100 mil. Esse é o atestado de que vocês nunca se importaram com o Agam", escreveu outra seguidora, e ainda "De todas as opções vocês escolheram a pior de todas, meu deus", apontou outra seguidora.