A companhia aérea Emirates confirmou, nesta segunda-feira (30), que dará início ao traslado do corpo da brasileira Juliana Marins, de 36 anos, que morreu durante uma trilha no vulcão Rinjani, na Indonésia. Segundo a empresa, o transporte para Dubai ocorrerá nesta terça-feira (1º) e, em seguida, para o Rio de Janeiro, no dia 2 de julho.
Em nota oficial, a Emirates afirmou que priorizou as tratativas com as autoridades locais para viabilizar a repatriação, mas ressaltou que “restrições operacionais tornaram inviáveis os preparativos anteriores”. A companhia estendeu condolências à família e confirmou que os familiares foram informados sobre as providências logísticas.
Juliana, natural de Niterói (RJ), morreu após cair de uma trilha em meio a condições adversas no vulcão, como neblina intensa, terreno íngreme e pedras escorregadias. O resgate levou quase quatro dias, dificultado pela precariedade da operação na região.
Uma autópsia realizada na Indonésia apontou traumatismo por força contundente como a causa da morte. No entanto, a família, por meio da Defensoria Pública da União (DPU) no Rio de Janeiro, solicitou à Justiça Federal a realização de uma nova perícia médico-legal no Brasil. O pedido, apresentado durante o plantão judicial no último domingo (29), aguarda decisão do juízo responsável.
A Prefeitura de Niterói já havia anunciado, na última quarta-feira (25), o custeio de R$ 55 mil para as despesas de repatriação e sepultamento de Juliana. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também determinou apoio integral à família via Ministério das Relações Exteriores, autorizando, por meio de decreto, o custeio de traslados de corpos de brasileiros falecidos no exterior — prática até então vetada.
Como forma de homenagem, o prefeito Rodrigo Neves (PDT) comunicou que o Mirante e a Praia do Sossego, em Camboinhas, locais preferidos de Juliana, receberão seu nome. Segundo ele, a medida preserva a memória da jovem e marca o afeto que ela tinha pelo município.