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BRASIL Segunda-feira, 12 de Maio de 2025, 09:59 - A | A

Segunda-feira, 12 de Maio de 2025, 09h:59 - A | A

CORTE DE LAÇOS

Mães ex-testemunhas de Jeová protestam contra doutrina de rompimento familiar

No local, as mulheres exibiram faixas com desabafos pessoais e reportagens denunciando condutas da organização religiosa.

Da Redação

 

Um grupo de mães ex-integrantes das Testemunhas de Jeová se reuniu neste domingo (11/5), na Avenida Paulista, em São Paulo, para protestar contra uma prática da religião que, segundo elas, incentiva o corte de laços familiares com ex-fiéis. O ato, realizado no Dia das Mães, denunciou a política de desassociação da congregação, que orienta seus membros a evitar qualquer contato com quem decide deixar a organização — incluindo familiares próximos.

De acordo com as ativistas, a edição de maio da revista A Sentinela, publicação oficial das Testemunhas de Jeová, reforça a doutrina como um “ato de bondade”, alegando que o afastamento preserva a “pureza da congregação” e serve como estímulo para que o dissidente retorne à fé.

Organizado pelo Movimento de Ajuda às Vítimas das Testemunhas de Jeová, o protesto teve transmissão ao vivo em um canal no YouTube, embora com baixa adesão presencial. No local, as mulheres exibiram faixas com desabafos pessoais e reportagens denunciando condutas da organização religiosa.

Em depoimento gravado e publicado nas redes sociais do movimento, Claudia Araújo, moradora do Rio de Janeiro, contou que perdeu o contato com o sobrinho, criado por ela desde os seis anos, após deixar a religião. “Não podemos mais estar com nossos filhos. Não porque pecamos ou fizemos algo, mas simplesmente por não querer mais fazer parte da organização”, relatou emocionada. Segundo ela, o sobrinho, hoje com cargo de liderança na congregação, passou a incentivar o filho biológico de Claudia a também cortar relações com a mãe.

Outra manifestante, Jacira Amaral, de Brasília, relatou ter permanecido na igreja por 40 anos. Ela afirma que, durante esse período, foi pressionada a se afastar da filha que havia se separado do marido. “Falei que jamais iria abandonar minha filha. Como mãe, acolhi e apoiei. Quando vi minha família sendo desestruturada, decidi sair da igreja para estar ao lado dela”, contou.

As manifestantes também exibiram reportagens, como uma publicada pelo Metrópoles, que cita um manual da congregação que teria atenuado punições a casos de pedofilia entre membros.

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